Ex-juízes criticam VAR do Brasil após país ficar sem representante na Copa

O ex-árbitros Carlos Eugênio Simon e Alfredo Loebeling fizeram críticas ao desempenho do VAR no Brasil após o país ficar sem representantes de árbitro de vídeo na Copa do Mundo do Qatar.

A Fifa divulgou hoje os árbitros, auxiliares e árbitros de vídeos selecionados para o Mundial deste ano. Raphael Claus e Wilton Pereira Sampaio foram os juízes brasileiros escolhidos. Os assistentes brasileiros na Copa serão Neuza Back, Bruno Boschilia, Bruno Pires, Danilo Simon e Rodrigo Figueiredo. Nenhum VAR brasileiro foi escolhido.

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"Ficou dentro da expectativa, não tinha muito o que sair disso aqui. No Brasil, tinha os dois [Claus e Wilton]. Até então, estavam lutando por uma vaga. Não tem VAR do Brasil, o Brasil ficou fora. Então, contemplaram os dois, o que demonstra que o VAR no Brasil não está atendendo às expectativas da Fifa", disse Simon.

"O nome natural é o Claus. Apita muito mais que o Sampaio e está em um momento melhor. A grande questão é que não teremos árbitro brasileiro de VAR, e a culpa é da CBF, porque ela criou um VAR no Brasil totalmente diferente do que a Fifa quer. Então, eles foram treinados errados. Por isso que não vão", declarou Loebeling.

"Nenhum trio brasileiro de VAR na Copa do Mundo é a prova que o VAR brasileiro é uma piada, que foi inventado. Mudaram tudo que a Fifa queria, e a Fifa não aceita isso", acrescentou Loebeling.

Os dois ex-árbitros também elogiaram Neuza, que foi uma das assistentes selecionadas para a primeira Copa que terá arbitragem feminina.

"A Neuza foi uma grata surpresa, está trabalhando muito bem. A Neuza é um reconhecimento, é uma vitória para a arbitragem feminina do Brasil, fiquei muito feliz. Desejo que todos tenham boa sorte e representem bem a arbitragem brasileira", afirmou Simon.

"Sobre os assistentes, não vejo nenhum problema. Mesmo a Neuza, tem um histórico de jogos maiores, mas menor quantidade, é uma boa assistente e está em um bom momento", completou Loebeling.