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Com nova série invicta, Palmeiras vive melhor fase com Abel Ferreira

Abel Ferreira na beira do gramado comandando o Palmeiras contra o Emelec, pela Libertadores 2022 - Staff Images / CONMEBOL
Abel Ferreira na beira do gramado comandando o Palmeiras contra o Emelec, pela Libertadores 2022 Imagem: Staff Images / CONMEBOL

Do UOL, em Diego Iwata Lima

Do UOL, em São Paulo

17/05/2022 04h00

O Palmeiras pode chegar amanhã (18), contra o Emelec, a 11 partidas de invencibilidade. Se vencer e Flamengo, Estudiantes (ARG) e River Plate (ARG) perderem pontos até o fim da rodada, na quinta-feira (19), o Alviverde já garante a melhor campanha da fase de grupos da atual edição da Copa Libertadores, sua meta. Uma marca que seria o toque na final da série que já configura o melhor momento do time comando por Abel Ferreira.

Estamos em maio, e o Palmeiras só foi derrotado três vezes no ano. Se levado em conta que o revés na prorrogação da final do Mundial de Clubes vale pela temporada 2021, foram apenas duas: São Paulo, na primeira partida da final do Paulistão (1 a 3), e Ceará, na estreia neste Brasileirão (2 a 3).

Esta é a segunda longa sequência invicta do Palmeiras no ano. Justamente entre o jogo com o Chelsea e a partida com o São Paulo, houve 12 jogos em que o Verdão deixou o campo sem ser derrotado.

A queda diante do clube inglês, aliás, também interrompeu outra série longeva, de dez jogos, iniciada no confronto com o Atlético-MG, pelo Brasileiro de 2021, no empate por 2 a 2 dos reservas contra o então futuro campeão do torneio, em 23 de novembro.

A sequência passou pela final da Libertadores, quatro dias depois — 2 a 1 sobre o Flamengo, em Montevidéu. E sobreviveu aos três jogos com atletas da base, que encerram o Brasileiro, e terminou a três minutos do fim da prorrogação da decisão em Abu Dhabi, em 12 de fevereiro.

Série atual tem gol no 1º tempo como chave

Na atual sequência invicta, um detalhe chama a atenção: exceto pelo jogo com o Athletico-PR, pela ida da Recopa, que terminou empatado em 2 a 2, o Palmeiras venceu todos os jogos em que anotou gols na primeira etapa. Isso se explica por dois motivos em especial.

Na estratégia de jogo de Abel Ferreira, é recorrente o Palmeiras iniciar as partidas apertando o time adversário, com marcação alta e pressão intensa em caso de perda de bola, com o objetivo de abrir o placar.

Sair na frente dá ao time duas vantagens competitivas. A primeira delas é trabalhar melhor a alternância dentro do confronto, ditar o momento de se compactar mais e adotar um jogo de transição - além, é claro, de forçar o time adversário a ter de se expor mais defensivamente ao adotar uma postura em prol do empate.

A outra é correlata dessa primeira: dosar melhor os recursos físicos dos jogadores. Abel não deixa jamais de fazer as cinco substituições a que tem direito nas partidas, com o objetivo de descansar jogadores, em especial suas peças de ataque, muito exigidas no esquema de jogo do Palmeiras.

Com um gol já na primeira etapa, a chance de o Palmeiras chegar ao quarto final do jogo à frente no placar é maior, e Abel pode sacar Rony, Dudu, Scarpa e ou Veron com menos preocupação de ter de fazer um resultado prescindindo de seus principais jogadores de frente.

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