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Luís Castro freia euforia no Botafogo: 'foram contratados para jogar bem'

Luís Castro, técnico do Botafogo, no jogo contra o Ceilândia, na Copa do Brasil - Vitor Silva / Botafogo
Luís Castro, técnico do Botafogo, no jogo contra o Ceilândia, na Copa do Brasil Imagem: Vitor Silva / Botafogo

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/05/2022 00h54

O Botafogo vive seu melhor momento na temporada. Sem perder há seis jogos, a equipe garantiu sua vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil ontem (12), ao bater o Ceilândia em casa por 3 a 0. Apesar disso, o técnico Luís Castro segura a empolgação até mesmo na hora de elogiar Patrick de Paula, que fez um gol, e Matheus Nascimento, autor de dois.

"O Patrick fez o que tem fazer e deve fazer todos os jogos. Acho interessante como ficam: "jogou bem". Mas eles foram contratados para jogar bem. O Matheus jogou, é obrigação dele, sempre jogar bem. Não tenho o que comentar. Quando estão mal que é um problema chato para a minha administração e para a torcida", disse na coletiva.

Ao avaliar a série de jogos, o comandante manteve a mesma linha. O treinador destacou a evolução do time, porém apontou que a falta de uma boa pré-temporada faz com que as ideias de jogo ainda não estejam totalmente alinhadas.

"Quando já temos uma pré-temporada e os jogos são quarta e domingo, podemos lançar os jogadores e eles desenvolverem o trabalho de forma normal. Do jeito que está faz com que tenhamos desconfortos porque há coisas não estão bem consolidadas na equipe. Tenho consciência disso. Nunca vão me ver eufórico ou oprimido, eles não tomam conta de mim. Vai ser um trabalho difícil. Muitas vezes vai agradar ou não. Falta esse lado aquisitivo do treino, mais tempo juntos, não tivemos, Confio na inteligência dos jogadores. As pessoas falam muito de intensidade, mas às não sabem o que é, acham que é correr muito. Mas acho que intensidade mental cansa mais e perturba mais os adversários", ponderou.

O treinador também falou sobre a partida e a opção por escalar um time reserva. Apenas Saravia e Kanu foram mantidos entre os titulares, no entanto, saíram de campo no intervalo.

"O jogo decorreu de uma forma normal em termos de resultado, mas é normal determinados momentos do jogo em que não estivemos bem. O objetivo foi alcançado, que era passar para as oitavas de final, o objetivo era também dar muitos minutos a jogadores que não utilizados e que nos interessava ver em competição para os manter vivos no grupo de trabalho e utilizar a qualquer momento", comentou.

Confira outros trechos da coletiva

Opção pelo time reserva

Como irei trabalhar até domingo, vou começar amanhã à tarde. O que traz aqui é o jogo de hoje, até por respeito ao Ceilândia. Um jogo que já sabíamos que iríamos jogar com uma equipe de divisão diferente, e nós sabemos as motivações que têm equipes de divisões inferiores quando jogam com equipes de divisões superiores. O jogo decorreu de uma forma normal em termos de resultado, mas é normal determinados momentos do jogo em que não estivemos bem. O objetivo foi alcançado, que era passar para as oitavas de final, o objetivo era também dar muitos minutos a jogadores que não utilizados e que nos interessava ver em competição para os manter vivos no grupo de trabalho e utilizar a qualquer momento. Portanto, objetivos alcançados perante uma equipe foi determinada e que enfrentou nossa equipe também determinada como a nossa.

Sequência de jogos

Quando se joga quarta e domingo, as coisas ficam bem. Jogamos quinta e domingo, quando há intervalos vai se conseguindo recuperar a equipe para o próximo jogo. Nosso problema é que não estamos muito tempo juntos. Quando já temos uma pré-temporada e os jogos são quarta e domingo, podemos lançar os jogadores e eles desenvolverem o trabalho de forma normal. Do jeito que está faz com que tenhamos desconfortos porque há coisas não estão bem consolidadas na equipe. Tenho consciência disso. Nunca vão me ver eufórico ou oprimido, eles não tomam conta de mim. Vai ser um trabalho difícil. Muitas vezes vai agradar ou não. Falta esse lado aquisitivo do treino, mais tempo juntos, não tivemos, Confio na inteligência dos jogadores. As pessoas falam muito de intensidade, mas às não sabem o que é, acham que é correr muito. Mas acho que intensidade mental cansa mais e perturba mais os adversários. Às vezes as melhores equipes do mundo não precisam correr muito para jogar bem. É uma aprendizagem de complexidade elevada, mas confio nos jogadores.

Sem análise individual

Normalmente vamos dizer o Botafogo vai jogar contra o Ceilândia. É a equipe Botafogo, não os jogadores. Cada um tem uma missão em campo. Muitas vezes, um jogador não dá tanto na vista dos jornalistas e torcida, mas é extremamente importante para o treinador. Muitas vezes não são compreendidos, mas são peças de equilíbrio.

Patrick de Paula e Matheus Nascimento

Gostei da forma como a equipe se entregou por completo ao jogo. Tenho que ter avaliações, uma equipe não joga sozinha, sempre é contra um opositor, em graus de complexidade diferentes. Contra o Flamengo, viemos de um nível de complexidade altíssimo, e hoje foi num nível normal. Sem qualquer desfavor, é um trabalho fantástico. Acho que não é correto avaliar diante de complexidades diferentes, não é correta da minha parte. O Patrick fez o que tem fazer e deve fazer todos os jogos. Acho interessante como ficam: "jogou bem". Mas eles foram contratados para jogar bem. O Matheus jogou, é obrigação dele, sempre jogar bem. Não tenho o que comentar. Quando estão mal que é um problema chato para a minha administração e para a torcida.

Joel Carli

Os jogadores que dão tudo aos clubes, e é obrigação, como vivemos num mundo tão turbulento, com falta de valores. Quando jogadores se entregam, causa grande impacto nas torcidas. Eu acho muito bom. É um jogador de valores, bom líder, penso que poderá ser um treinador, vejo isso da forma com que ele trabalha. Gosto de trabalhar com ele, admiro, é um ser humano de bons valores.

Vitória dá alívio?

Sempre que ganhamos, aumentam os níveis de confiança dentro de nós. Alguns deles podem se sentir desconfortáveis por pensarem atingir níveis mais elevados e sentirem que não conseguiram. Mas foram bem. Podem aproveitar esse jogo para perceber que podem lutar por um lugar e tem condições para isso. Há uma coisa que é fundamental para mim, que é o treino. Vocês estão em desvantagem, porque eu vejo o treino e vocês não. Às vezes o que foi contratado por menos vai melhor do que se gastou milhões. Se o treino não servisse, nós não treinávamos, pois ele serve para mostrar quais jogadores estão se adequando ao que o treinador propõe.

Apoio da torcida

Nossa torcida tem muita energia. Todos os dias falo deles, pois realmente são fantásticos. Senti que alguns jogadores não estavam bem e a torcida apoiou até o final. É o sentimento de família, apoiar quando está mal. Estamos todos nós em união. Foi um bom dia de todos. A família botafoguense está cada vez mais forte.

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