Mauro Cezar: Nenhum técnico estrangeiro foi tão perseguido como Paulo Sousa

O Flamengo conseguiu manter ontem (28) a sua campanha com 100% de aproveitamento na fase de grupos da Libertadores ao vencer a Universidad Católica por 3 a 2 no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, onde jamais havia vencido pela competição continental, mas ainda assim o técnico Paulo Sousa recebeu algumas críticas em análises da atuação rubro-negra.

No podcast Posse de Bola #223, Mauro Cezar Pereira afirma que a análise muitas vezes é feita com má vontade com o treinador português e considera que nenhum outro técnico estrangeiro foi tão perseguido no futebol brasileiro como ocorre atualmente com Paulo Sousa.

"Depende de quem faz a análise, se quem faz é amigo de técnico brasileiro, preocupado em detonar trabalho de técnico estrangeiro, tem que dar um belo desconto, ainda mais com o Abel Braga pedindo demissão mais uma vez, o que causa uma comoção entre determinados personagens do microfone esportivo brasileiro", diz Mauro Cezar.

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"Você vê que é uma análise muito contaminada, a má vontade com o Paulo Sousa é evidente partindo de alguns setores, inclusive de setores como, por exemplo, quem faz uma pergunta em uma coletiva sobre um aspecto tático de um jogo, a pergunta não tem o menor cabimento, o técnico didaticamente explica e depois a mesma pessoa vai na rede social e fala que o técnico bagunçou o time", completa.

O jornalista afirma que pegam no pé de Paulo Sousa ainda com o saudosismo por Jorge Jesus ou na torcida contra o sucesso de mais um estrangeiro no futebol brasileiro em meio a um momento de baixa dos treinadores do país.

"Eu acho que nenhum técnico desses estrangeiros foi tão sacaneado, esculachado e perseguido como acontece com o Paulo Sousa. Alguns pela obsessão com o Jorge Jesus, outros porque querem minar o trabalho do cara antes que haja o risco de ele fazer sucesso e isso não é bom para os técnicos brasileiros, então a confraria dos amigos movidos a bebidas específicas ou não acabam se ajudando de alguma maneira", conclui.

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