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Copa Sul-Americana - 2022

Luciano faz de pênalti no fim, e São Paulo vence o Ayacucho de virada

Jogadores do São Paulo comemoram gol de Miranda, no duelo contra o Ayacucho - Staff Images / CONMEBOL
Jogadores do São Paulo comemoram gol de Miranda, no duelo contra o Ayacucho Imagem: Staff Images / CONMEBOL

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

07/04/2022 23h27

O São Paulo sofreu até os últimos minutos para conseguir sair do Peru com uma vitória sobre o Ayacucho, pela estreia da fase de grupos da Copa Sul-Americana. Sofrendo com desentrosamento dos reservas e abusando dos erros defensivos, a equipe de Rogério Ceni levou os três pontos com a vitória por 3 a 2.

O equipe de Rogério Ceni abriu o placar logo aos dois minutos, com Arboleda, o que indicava um caminho de goleada. Em um espaço de 13 minutos, o Ayacucho virou o jogo com Barrios e Techera. Pouco tempo depois, Miranda buscou o empate. Nos últimos minutos de jogo, quando a igualdade parecia certa, Juan sofreu pênalti e Luciano garantiu a vitória.

O jogo aconteceu em Lima, capital do Peru, depois de a Conmebol tirar o duelo de Cusco na noite de ontem (6). A mudança ajudou o São Paulo, que se livrou de uma altitude de 3.400m.

Antes do próximo compromisso continental, o São Paulo volta suas atenções para a estreia do Brasileirão. A equipe de Rogério Ceni enfrenta o Athletico, no Morumbi, às 19h do domingo (10).

Live do São Paulo

O melhor: Techera

O uruguaio era a grande opção ofensiva do Ayacucho na partida. No primeiro tempo, deu muito trabalho para a defesa são-paulina e deixou a partida com um gol e uma assistência.

O pior: Reinaldo

A partida contra o Ayacucho se apresentava como uma oportunidade para Reinaldo conseguir recuperar seu espaço no time. Mas a atuação do lateral foi bem abaixo do esperado. No primeiro tempo, suas subidas ao ataque deixavam espaços na defesa que Miranda tinha dificuldade de preencher. Por causa das subidas de Techera, Reinaldo passou a jogar mais recuado, terminando a partida sem destaque.

Cronologia do jogo

Os primeiros minutos da partida indicavam uma goleada do São Paulo. A equipe brasileira ficava quase sempre com a bola e abriu o placar logo aos 2 minutos, com Arboleda. Uma falha defensiva, no entanto, mudou a partida aos 6 minutos. A marcação são-paulina ficou desatenta, Techera achou Barrios, que empatou para o Ayacucho.

Mesmo com o empate, o São Paulo continuou com a bola nos pés, mas a bola parada se mostrou um problema. Aos 19 minutos, Techera cobrou falta lateral em direção à área, a bola passou por todo mundo e morreu no fundo das redes do São Paulo.

Se a bola parada era um problema para o São Paulo, era para o Ayacucho também. Aos 22 minutos do primeiro tempo, Moreira cobrou escanteio longo e Miranda apareceu, livre, para empatar o jogo.

O São Paulo manteve um ritmo baixo no segundo tempo, mas conseguiu a vitória nos minutos finais. Juan sofreu pênalti de Salazar aos 40 minutos. Na cobrança, Luciano deslocou o goleiro e garantiu a vitória.

Techera e bola parada deixam o São Paulo de cabeça quente

O São Paulo sofreu dois grandes problemas no primeiro tempo: a atuação de Techera e o posicionamento nas bolas paradas. O veloz uruguaio aproveitou os espaços nas costas de Reinaldo para dar muito trabalho para o veterano Miranda.

Foi assim que o Ayacucho buscou o empate. Em um vacilo da defesa são-paulina, Techera foi lançado em velocidade. O uruguaio acertou passe para Barrios, que tocou na saída de Tiago Volpi.

O segundo gol do Ayacucho juntou os dois pontos. Techera cobrou falta lateral, a bola passou por todo mundo e morreu no fundo das redes de Volpi. O uruguaio ainda cobrou escanteio perigoso que Barrios, livre, cabeceou para fora e acertou uma bola na trave após escanteio rasteiro desviado por Luciano.

Reservas sofrem com desentrosamento e muitos erros

Focado na estreia do Brasileirão no fim de semana, Rogério Ceni deixou o time titular no Brasil e foi para o Peru com uma equipe totalmente reserva. O desentrosamento esperado se mostrou dentro de campo, mas o São Paulo piorou a situação com erros simples e pouca intensidade.

Quase todas as jogadas do primeiro tempo saíam pelo lado direito com Moreira e Marquinhos. Foi dos pés do atacante que saiu o cruzamento para Luciano, que escorou para o gol de Arboleda.

Os veteranos do lado esquerdo, no entanto, tiveram uma atuação abaixo na primeira etapa. Reinaldo por vezes falhou na recomposição, deixou um grande espaço para Miranda preencher defensivamente. No meio, Patrick, um dos principais reforços da temporada, se mostrava lento na movimentação e errando passes simples.

Mais à frente, Rigoni mantinha a má fase. O camisa 7 começou com uma função de 9, mas pouco conseguiu produzir, errando domínios e não conseguindo fazer tabelas. Antes do intervalo, Rogério Ceni inverteu Luciano com o argentino.

Na volta para o segundo tempo, o descontentamento com a equipe se mostrou evidente. Ceni tirou Patrick e Colorado e colocou em campo Juan e Talles Costa.

Mudanças não surtem efeito, e São Paulo precisa de pênalti para vencer

Rogério Ceni tentou melhor a atuação do São Paulo, mas não teve sucesso. Além da entrada de Juan e Talles Costa no intervalo, o treinador colocou Gabriel Neves, Igor Vinícius e Jonas Toró ao longo do segundo tempo, nos lugares de Luan, Moreira e Marquinhos.

Apesar das mudanças, o time seguiu com problemas na criação. A vitória veio apenas quando Salazar derrubou Juan dentro da área. Na cobrança, Luciano garantiu os três pontos para o time são-paulino.

FICHA TÉCNICA:
AYACUCHO 2 x 3 SÃO PAULO

Motivo: 1ª rodada do Grupo D da Copa Sul-Americana
Data e hora: 7 de abril de 2022 (quinta-feira), às 21h30 (de Brasília)
Local: Estádio Nacional, em Lima (PER)
Árbitro: Augusto Aragon (EQU)
Auxiliares: Byron Romero (EQU) e David Vacacela (EQU)
Gols: Barrios (6'/1ºT) e Techera (19'/1ºT), para o Ayacucho; Arboleda (2'/1ºT), Miranda (22'/1ºT) e Luciano (42'/2ºT), para o São Paulo
Cartões amarelos: Salazar, Toledo, Magallanes e Morales, pelo Ayacucho; Marquinhos e Luciano, pelo São Paulo.
Cartões vermelho: Salazar, pelo Ayacucho

AYACUCHO: Espinoza; Quina, Salazar, Toledo; Guidino, Parodi (Romaní), Barrios (Páucar), Chávez (Magallanes), Royón (Arce); Techera e Morales (Sebastián Gonzales). Técnico: Alejandro Apud

SÃO PAULO: Volpi; Moreira (Igor Vinícius), Arboleda, Miranda, Reinaldo; Luan (Gabriel Neves), Andrés Colorado (Talles Costa), Patrick (Juan); Rigoni, Marquinhos (Jonas Toró) e Luciano. Técnico: Rogério Ceni