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OPINIÃO

Posse de Bola #216: Palmeiras amassa o São Paulo e Flu deixa o Fla em crise

Do UOL, em São Paulo

04/04/2022 13h31

Flamengo e Palmeiras haviam perdido com margem de dois gols na primeira partida da final nos seus respectivos estaduais, mas enquanto o time rubro-negro ficou no empate com o Fluminense, que levou o título após 10 anos e expôs a crise no clube mais popular do país, a equipe alviverde goleou o São Paulo por 4 a 0 no Allianz Parque para conquistar o título que parecia distante após a derrota no primeiro jogo.

No podcast Posse de Bola #216, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a conquista do Palmeiras, os méritos de Abel Ferreira e as dúvidas no São Paulo, além da forma como o Fluminense foi superior a um Flamengo que agora encara uma crise que envolve jogadores e o técnico Paulo Sousa. O episódio também aborda o tricampeonato do Atlético-MG, com a vitória sobre o Cruzeiro, o Grêmio pentacampeão gaúcho e o Fortaleza levando a Copa do Nordeste.

Em uma semana na qual se iniciam a fase de grupos da Libertadores e o Brasileirão, Mauro Cezar Pereira afirmar que não é possível apontar que o Palmeiras é o time a ser batido após o título estadual, colocando o Atlético-MG também como um time forte, mas que foi menos desafiado até o momento.

"Não sei se vai ser o time a ser batido porque agora com Brasileiro, Libertadores você vai ter Atlético-MG jogando, vai ter um Corinthians mais encorpado, imagino, depois de um período treinando, jogando mais vezes e o técnico conhecendo melhor o elenco, isso pode mudar, então é difícil saber se é o time a ser batido, no momento talvez seja, porque não sei como vai ser o confronto entre Atlético-MG e Palmeiras, quem está melhor. Não dá para medir pelos estaduais, o Palmeiras é mais desafiado porque enfrenta adversários melhores do que o Galo na competição estadual", diz Mauro.

O colunista do UOL também elogia a forma como Abel Ferreira se saiu bem quando seu time teve a necessidade de fazer gols pelo placar da primeira partida, mostrando o repertório que dele se cobra.

"Era um grande desafio para ele, eu falei isso semana passada, e ele passou com sobras, com nota 10. Porque o Palmeiras desta vez teve mais a bola, finalizou mais, encurralou o adversário e aí um dado interessante, fez um gol e pela necessidade continuou buscando mais gols", afirma o jornalista.

Mauro Cezar: Ontem a chefe tinha motivos para elogiar o árbitro

O jornalista cita a forma como o Palmeiras mostrou que consegue ser competitivo sem contar com um centroavante de ofício, além de criticar a defesa do São Paulo e ressaltar que o árbitro Raphael Claus acertou ao não marcar um pênalti e nem anular o segundo gol palmeirense.

"Não foi nada, é ridículo chamar para ver. No outro jogo o Palmeiras foi prejudicado, também não foi pênalti uma situação um pouco diferente, mas não foi pênalti. Mas não cabe ao Claus ou ao VAR dele jogo tentar compensar erro do outro árbitro, do outro VAR, do outro jogo. Não foi que ele tentou compensar, eles são ruins mesmo, e o Claus foi lá e ignorou solenemente", diz Mauro.

"Depois também porque a falta acontece, mas são 15 segundos de futebol até o desfecho da jogada e um jogador do São Paulo toca na bola e poderia e deveria tê-la afastado para fora da zona de perigo, que foi o Léo Pelé. Ele ajeitou para o Zé Rafael, que dominou, teve calma e fez o segundo gol do Palmeiras, é uma outra jogada. Desta vez o Claus foi bem e mostrou que é possível sim que o árbitro tenha personalidade e ignore os chamados patéticos do VAR. Ontem a chefe da arbitragem tinha motivos para elogiar alguém, o árbitro, o VAR não", completa.

Eduardo Tironi também elogia a arbitragem da final do Paulistão pela forma como Raphael Claus não mudou suas marcações após as duas chamadas do VAR.

"Adorei a atuação do Raphael Claus, não encheu o saco com lance de VAR em um lance de falta em que que aconteceram 300 coisas depois, esse negócio de rebobinar a fita eu não aguento, acho um lixo isso, e não deu um pênalti que não era para ser dado. Gostei dele, abandonou o VAR, falou 'não estou nem aí para o VAR'. Adorei, o VAR enche demais o saco em todos os jogos, portanto, gostei bastante da atuação do Claus", afirma Tironi.

Arnaldo: Ganso foi o nome do Fluminense na final

Em relação ao título do Fluminense, Arnaldo Ribeiro destaca o resgate de Paulo Henrique Ganso pelo técnico Abel Braga, apontando como o meio-campista foi de terceira opção a comandante da partida na qual o time empatou com o Flamengo para levar a taça do Carioca.

"Tem a assinatura do Abel sim a partir do momento em que da semifinal para a final ele muda completamente o time e a decisão tem um nome: Paulo Henrique Ganso. Ele começou como terceiro, era terceira opção, do Fluminense C na temporada e foi uma das cartadas do Abel para a decisão", diz Arnaldo.

"Fez uma partida razoável no primeiro jogo e no segundo jogo ele botou a bola debaixo do braço, ele melou o jogo contra vários jogadores talentosos como ele, ele sobrou e o técnico acertou em cheio", conclui.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).

A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts. Você pode ouvir, por exemplo, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e Youtube --neste último, também em vídeo. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.