Atlético-MG e grupo City: o que se sabe sobre a SAF e movimentações

A notícia de que o grupo City demonstrou interesse na compra do Atlético-MG pelo valor aproximado de R$ 1 bilhão agitou o dia do Galo. Caminho considerado cada vez mais natural para os clubes no Brasil, a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) é assunto debatido dentro do clube há alguns meses, mas com cautela. Mas afinal, como funciona o grupo City?

Fundado em maio de 2013, o grupo é proprietário de negócios relacionados ao futebol em algumas das principais cidades do mundo. O projeto começou com o intuito de aumentar a participação no futebol dentro e fora do campo. Outro ponto de trabalho do grupo é a missão de encontrar e desenvolver talentos do futebol. Inclusive, o grupo foi apontado, recentemente, como possível comprador de outro clube brasileiro: o Bahia.

Alguns clubes geridos pela marca são o Manchester City, da Inglaterra, New York City, dos Estados Unidos, Melborne City, da Austrália, Yokohoma, do Japão, entre outros. Na América do Sul, o grupo City faz a gestão do Montevideo City torque, do Uruguai, e é parceiro do Bolívar, da Bolívia.

O flerte entre grupo City e Atlético-MG não está restrito apenas à possibilidade de negociação para a compra do clube. No mês passado, a empresa fez uma oferta milionária pelo jovem atacante Savinho, no valor aproximado de 6,5 milhões de euros (R$ 37,5 milhões). O provável destino do jogador, de 17 anos, é o Troyes, da França, que é controlado pelo City.

Atlético se tornará SAF?

Nas últimas semanas o assunto SAF voltou à tona depois que a possibilidade de Rubens Menin se tornar comprador do Atlético foi ventilada. O empresário, em algumas entrevistas sobre o tema, deixou em aberto essa hipótese no futuro, mas rechaçou que o interesse esteja sendo tratado no momento.

A possibilidade de o Galo se tornar SAF foi debatida, inicialmente, na última reunião do Conselho Deliberativo. No entanto, os 4 R's, presidência e conselho entendem que outras situações precisam ser estruturadas antes, como a venda do shopping Diamond e a reorganização financeira do clube. Além disso, para se tornar SAF, o Atlético precisa da aprovação do próprio conselho para uma reformulação no estatuto.

Vale lembrar que a dívida do clube também é um ponto sensível para a discussão do tema, uma vez que em último balanço divulgado pelo clube o débito do Galo ultrapassava R$ 1,2 bilhão.

Desde o primeiro semestre de 2020, o Atlético conta com o apoio de quatro investidores: Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato salvador - os chamados 4 R's, que formaram uma espécie de colegiado. Os quatro componentes participam ativamente das decisões do clube e dos investimentos.