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SPFC: Ceni sofre para achar lugar para Rigoni, que não encanta desde Crespo

Emiliano Rigoni, durante treino do São Paulo, no CT da Barra Funda - Rubens Chiri/São Paulo FC
Emiliano Rigoni, durante treino do São Paulo, no CT da Barra Funda Imagem: Rubens Chiri/São Paulo FC

Brunno Carvalho

Do UOL, em São Paulo

01/02/2022 04h00

Símbolo dos raros momentos bons do São Paulo no Brasileirão do ano passado, quando comandado por Hernán Crespo, Emiliano Rigoni tem tido dificuldades para brilhar desde a chegada troca de comandante. Se antes o argentino se destacava pela polivalência, agora com Rogério Ceni não consegue corresponder, independentemente da função com a qual é escalado.

Rigoni encerrou o Brasileirão como o jogador com mais participações em gols do São Paulo, com quatro bolas na rede e mais e quatro assistências. O desempenho, no entanto, foi praticamente todo realizado sob o comando do técnico argentino. Com Rogério Ceni, foram nove jogos pela competição nacional e apenas uma assistência.

Nas mãos do técnico brasileiro, Rigoni atuou em diversas posições, mas poucas vezes conseguiu brilhar. Ele já atuou como meia atrás de dois atacantes, aberto pela esquerda, aberto pela direita e também como segundo atacante, fazendo par com o compatriota Calleri ou com Luciano. Diante do Ituano, no domingo, Ceni tentou algo que Crespo não havia tentado: colocar o argentino centralizado no ataque, com Nestor, Sara, Patrick, Alisson e Nikão vindo de trás. Não deu certo.

Com Calleri no banco e Luciano afastado por uma lesão, Rigoni pareceu perdido na nova função. Ele deu apenas 11 toques na bola, com um chute para fora e outro bloqueado pela defesa do Ituano. Aos 35 minutos do segundo tempo, saiu para a entrada de Éder.

"É um jogador tecnicamente diferenciado. Estamos tentando encontrar o lugar onde se sinta mais à vontade. Jogou mais aberto no primeiro jogo, hoje [contra o Ituano] mais por dentro. Queremos encontrar uma posição onde ele renda como rendeu no Brasileiro do ano passado. Desde que eu cheguei, talvez ele não tenha produzido da mesma maneira como produziu", admitiu Ceni.

Nas mãos de Hernán Crespo, Rigoni costumava atuar como um segundo atacante, tendo mais liberdade para se movimentar atrás do centroavante. O argentino, contudo, jogava no esquema 3-5-2, uma formação pouco utilizada por Rogério Ceni —o treinador afirmou que a tendência é jogar com uma linha de quatro defensores na atual temporada. Ceni tem preferência por formações que pedem jogadores abertos pelas pontas, com um centroavante atuando mais centralizado, sem um companheiro o rodeando.

A próxima chance de Rigoni se destacar será nesta quinta-feira (3). O São Paulo enfrenta o Red Bull Bragantino, fora de casa, pela terceira rodada do Paulistão, em partida que terá transmissão pelo UOL Esporte Clube e Estádio TNT, além do HBO Max. O time do Morumbi ainda procura a primeira vitória na competição.

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