Topo

Mauro: Eliminatórias não podem servir como regra pra medir nível da seleção

Colaboração para o UOL, em Santos (SP)

27/01/2022 12h16

O planejamento de Tite para os próximos jogos do Brasil até a Copa do Mundo, incluindo o de hoje (27), contra o Equador, em Quito, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, às 18h (de Brasília), foi um dos temas abordados por Mauro Cezar Pereira no quadro "Fala, Maurão". O colunista do UOL Esporte acredita que o técnico da seleção brasileira deve aproveitar os jogos tanto para tentar entrosar o time como para fazer novos testes até o Mundial.

"Ele não tem Neymar, então não tem como buscar entrosamento para um time que vai jogar a Copa do Mundo. O melhor é fazer as duas coisas: você busca ajustar os setores do time que estarão mais próximos daquela equipe titular que ele imagina e faz algumas experiências, como teremos com Vinicius Junior, Antony, Matheus Cunha, Rafinha... Esses jogos servem para isso, para fazer algumas experiências, ver de que maneira você pode ter variação de jogo, novas opções...", avalia.

"Acho que o Tite pode e deve fazer as duas coisas: nos setores que estão com a escalação mais próxima do ideal, você vai tentar fazer a sintonia fina para poder melhorar o desempenho. E os setores que não têm seus titulares, você faz experiências e vê de que maneira outros jogadores podem se comportar, dentro até de uma outra característica que esses atletas possam apresentar para ver se, de fato, ele possa ter opções e mudanças durante a competição e durante um jogo já testadas e, eventualmente, aprovadas", acrescenta.

Mauro Cezar ainda chama a atenção para outro ponto. Segundo ele, os jogos das eliminatórias não podem servir como regra para medir o nível de futebol apresentado pela seleção brasileira.

"Até porque a seleção brasileira, embora tenha se classificado com folga nas eliminatórias, não é um time pronto. É um time bem distante daquilo que deverá ser para poder demonstrar uma real competitividade jogando num nível mais alto, que é o caso da Copa do Mundo. As eliminatórias sul-americanas são muito fracas tecnicamente, os adversários são frágeis, e não podem servir como regra para medir o nível do futebol alcançado", completa.