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Brasil fica atrás da França pela 1ª vez em ranking de contratações da Fifa

Zagueiro Raphael Varane, em atuação pela França - TF-Images/Getty Images
Zagueiro Raphael Varane, em atuação pela França Imagem: TF-Images/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/01/2022 13h42

A Fifa divulgou nesta sexta-feira (14) o 'Relatório Global de Transferências de 2021', documento que detalha as negociações do Mercado da Bola no último ano. Pela primeira vez desde que a entidade faz o registro, o Brasil não lidera o ranking de nacionalidades em gastos totais em transferências de jogadores.

A negociação de 1.749 atletas brasileiros em 2021 movimentou um total de 468,4 milhões de dólares (aproximadamente R$ 2,6 bilhões), de acordo com a publicação. A quantia garante ao país a segunda colocação na tabela, ficando atrás somente da França, cujos representantes foram responsáveis por 'girar' 643,6 milhões de dólares (R$ 3,5 bi) em transferências.

Os zagueiros Raphael Varane e Dayot Upamecano foram os dois jogadores francesas cujas transferências mais agitaram o mercado internacional no ano passado, de acordo com o site especializado 'Transfermarket'. A saída de Varane do Real Madrid para reforçar o Manchester United custou 40 milhões de euros (R$ 222 milhões), enquanto ida de Upamecano para o Bayern de Munique foi a mais cara, envolvendo 42,5 milhões de euros (R$ 236 mi).

O relatório da Fifa também informa que 2021 foi o terceiro ano consecutivo de queda nos valores empenhados em jogadores brasileiros. Em 2017 e 2018, negociações envolvendo futebolistas do país foram responsáveis por fazer com que o Brasil ultrapassasse a marca de 1 bilhão de dólares (R$ 5,5 bi) gastos em transferências.

O documento registra as negociações de atletas homens e mulheres no futebol profissional e amador. No ano passado, 54.739 transferências foram registradas no mundo. O Brasil ficou no topo do ranking de países com a maior quantidade de jogadores contratados (784) e em segundo na lista de vendas (820), sendo superado pela Inglaterra, que negociou 885 atletas.

Com relação ao dinheiro gasto em transferências, o Brasil ficou longe do top-10 mundial. A lista também é encabeçada pela Inglaterra, responsável por investir quase 1,4 bilhão de dólares (R$ 7,7 bi) em contratações. Os clubes brasileiros desembolsaram 'somente' 53,2 milhões de dólares (R$ 293,9 milhões), praticamente a metade de Portugal, décimo colocado nesse ranking.

Entretanto, o Brasil foi o sexto país que mais recebeu pela venda de jogadores, registrando 293,2 milhões de dólares (R$ 1,6 bi). A 'matéria-prima' brasileira só ficou atrás, respectivamente, de Inglaterra, França, Itália, Alemanha e Espanha, países que compõem a elite do futebol europeu.