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Substituto de Alonso no Atlético-MG, Godín teve fim de ano conturbado

Diego Godín em ação pelo Caligari  - Divulgação
Diego Godín em ação pelo Caligari Imagem: Divulgação

Lohanna Lima e Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte, MG

12/01/2022 04h00

Perto de ser anunciado como mais um reforço do Atlético-MG, o zagueiro uruguaio Diego Godín, 35, terá a missão de substituir Júnior Alonso, um dos pilares do time campeão brasileiro e da Copa do Brasil do ano passado e que se transferiu para o futebol russo. Ambos são figuras constantes em suas respectivas seleções —Uruguai e Paraguai—, mas terminaram o ano de maneira bem diferente.

Enquanto Alonso se valorizou, rendeu aos cofres do Galo cerca de R$ 47 milhões e deixará saudade ao torcedor alvinegro, Godin deixou o Cagliari, da Itália, na luta contra o rebaixamento e em meio a polêmicas. Com contrato até junho de 2023, ele aguarda sua rescisão com o clube italiano após ter sido criticado, publicamente, pelo diretor da agremiação. Com ocorrido, o zagueiro deixou a Itália, voltou ao Uruguai e segue treinando por lá enquanto aguarda o desfecho para se transferir para o Atlético.

A polêmica

No último dia 21 de dezembro, o diretor esportivo do Cagliari, Stefano Capozucca, deu fortes declarações sobre o vestiário do Cagliari. Apesar de não ter citado diretamente Godín, a fala foi interpretada como um recado ao zagueiro.

"Alguém, porém, não é digno de usar esta camisa e terá que deixar o Cagliari por respeito e pelo valor que este clube tem", disse.

Na sequência, Godín desembarcou em Montevidéu e em conversa com jornalistas que o aguardavam no aeroporto, o jogador tratou de tentar explicar o imbróglio, porém sem detalhar a fundo os problemas com o clube italiano.

"Se eu falar terei problemas. Eu teria que dizer a verdade e tudo o que há, mas não houve nem falta de respeito, nem falta de profissionalismo. São assuntos contratuais e do momento do Cagliari, que não é de agora, mas não passa disso. Eu já tinha assinado um contrato há um mês para fazer um favor ao clube, baixando o meu salário e vendo a possibilidade de sair em janeiro, e essa era uma das possibilidades", explicou à imprensa local.

Alonso x Godín em números

Pelo campeonato italiano, no qual o Cagliari é o 18º colocado, o uruguaio jogou 11 das 21 partidas na temporada, que se iniciou no último mês de agosto. A equipe enfrentou um jejum de 10 jogos sem vencer na competição e o clima nos bastidores tornou-se um verdadeiro caldeirão no fim do ano. Já no Galo, Alonso viveu uma fase totalmente diferente: foi capitão e responsável por erguer dois troféus nacionais - entre eles o de campeão brasileiro após 50 anos de jejum.

Godín chegou ao time italiano em setembro de 2020. Nesta edição do italiano, o time também não foi bem e terminou a competição em 16º lugar. Ao todo, o zagueiro jogou 40 jogos e marcou um gol. Junior Alonso, por outro lado, estreou dois meses antes pelo Galo, em julho de 2020, quando a equipe comandada por Jorge Sampaoli terminou em terceiro lugar no Brasileiro. Ao todo, ele disputou 89 partidas - mais que o dobre de Godín - e marcou dois gols.