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Presidente do Flu confirma acerto com Cano, que chega ao Rio semana que vem

Germán Cano é aguardado no Rio de Janeiro na semana que vem para assinar com o Fluminense - Thiago Ribeiro/AGIF
Germán Cano é aguardado no Rio de Janeiro na semana que vem para assinar com o Fluminense Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

07/01/2022 13h16

Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, confirmou, em coletiva realizada na manhã de hoje (7), que o clube já tem um acerto com o atacante argentino Germán Cano, ex-Vasco. Segundo o mandatário, o jogador testou positivo para covid-19 recentemente, e é aguardado no Rio de Janeiro na próxima semana para realizar exames médicos e assinar contrato.

Cano está livre no mercado desde que deixou o Cruz-Maltino, no início do mês passado. Ele chega às Laranjeiras com um contrato de dois anos.

"O Cano aceitou a nossa proposta. O Fluminense faz uma proposta por escrito, formal. Se o jogador aceitar, ele dá um aceite, vem um aceite por escrito, e, nesta proposta, a finalização e formalização estão sujeitos aos exames médicos, mas é uma questão de praxe, questão legislativa. Primeiro faz o exame médico e depois assina. Ele era aguardado hoje, mas os empresários dele entraram em contato dizendo que foi acometido pela nova variante da covid. Está sem sintomas, mas, por motivos óbvios, não poderia vir. O que ficou combinado é que após o prazo de sete dias, e estando tudo ok, virá ao CT, fará os exames e assinará o contrato, para ser apresentado", disse.

Bittencourt também falou sobre a conversa com Ricardo Goulart, que recebeu proposta do Flu. Em uma live na FluTV no mês passado, o mandatário citou que o clube avaliava a contratação dele ou Cano, e mantinha contatos com a Betano, patrocinadora master, para tentar viabilizar a chegada dos dois. Alguns dias depois, porém, o Tricolor acabou desistindo das tratativas com Goulart.

"Fizemos uma proposta escrita como fizemos para todos. O fato de a negociação com o Cano ter demorado mais, não significa que não respondeu de pronto, já iniciando uma negociação. Ficamos esse tempo inteiro negociando, e durou esse tempo. No caso do Ricardo Goulart, fizemos uma proposta escrita também, e a resposta que foi dada era que o jogador ia esperar alguns dias para olhar um pouco a movimentação do mercado, decidir com a família se tem interesse, realmente, em jogar no Brasil. Depois de sete ou oito dias aguardando um posicionamento, informei que, por questões financeiras nossas, com receio de perder outras negociações, optamos por sair. Foi um posicionamento nossa em razão das dificuldades que temos. Eu tinha uma situação ou outra, como a outra vinha conversando e avançando, tomamos a decisão", afirmou.

O mandatário também foi questionado em relação à negociação pelo lateral-esquerdo Cristiano, que tem os direitos ligados ao Sheriff, da Moldávia. O Flu tenta desenrolar um imbróglio para concretizar a contratação do jogador. Segundo o presidente tricolor, a negociação vai envolver 1,4 milhões de euros, cerca de R$ 9 milhões na cotação atual.

"É um jogador que vinha sendo monitorado há algum tempo, vinha jogando fora do Brasil. É um brasileiro que nosso departamento de scout acompanhava antes mesmo de ele ir para a Europa, se destacou bastante na Champions em 2021. Se concretizou na cabeça do scout que seria um jogador importante para nós, muito ofensivo e muito técnico", indicou.

"Estamos falando do futebol brasileiro contratando jogador da Europa, há de convir que um jogador de 1,4 milhão de euros, parcelado em dois anos e meio, diluído no tempo de contrato. Lateral esquerdo é uma posição com carência de nomes no futebol brasileiro, não existem dezenas à disposição. Os que aqui estão, tentamos. Antes, tentamos o Arana, mas a pedida era de 3 milhões de euros, e ele foi para o Atlético-MG. Tentamos o Jorge, que estava no Monaco, e veio para o Palmeiras com um salário muito acima do que podíamos pagar. O Cristiano tornou-se uma excelente oportunidade de mercado. E só a partir de junho passaremos a pagar as parcelas ao Sheriff", completou.

Mário deu ainda uma longa explicação sobre as tratativas que envolveram o zagueiro Nino. O camisa 33 recebeu uma proposta do Tigres, do México, mas não houve um acordo entre os clube das Laranjeiras, que tem 60% dos direitos, e o Criciúma, que tem 40%.

"Compramos o Nino em dezembro de 2019, que havia uma opção de compra deixada pela gestão anterior. Aqui faço um elogio a quem fez o contrato naquele momento. E a gente achou que era uma excelente opção e exercemos, R$ 5 milhões por 60%. Até a volta da Olimpíada, não havia recebido proposta. Chegou uma sondagem com valores parecidos com essa do México logo após a Olimpíada. Assim que chegou, o chamei na sala e ele disse que, naquele momento, não tinha interesse em jogar no mundo árabe. Ele disse que qualquer proposta da Europa, ou de algum lugar que tenha futebol que considere bacana, e gostaria de morar, gostaria que avaliasse se fosse bom para o Fluminense. No fim de dezembro ele me ligou e falou sobre a proposta do México e eu respondi que se fosse boa para o Fluminense, teria a certeza que faria. Evoluímos na negociação e chegou uma proposta final de 5 milhões de dólares por 100% do jogador", apontou.

"Se o Fluminense não ficasse com 4,4 a 4,5 milhões do dólares dos 5 milhões, não faríamos. Mas a gente entende que o valor do jogador de mercado, global, é maior que esses 5 milhões de dólares. A gente acreditou que o Criciúma fosse aceitar, chegamos a fazer as minutas do contrato, e em algum momento o Criciúma desistiu. Como o Nino é um dos melhores jogadores que temos, tem contrato longo, gostaria que continuasse se não houvesse uma boa venda, comuniquei às partes que não faria a venda. Liguei para o Nino e ouvi, e tenho certeza que não ouviria nada de diferente: 'Presidente, não era para ser. Sou muito feliz aí, continuarei feliz aí'. Se chegar uma boa proposta que seja boa para o Fluminense, boa para ele, e a gente consiga fazer uma boa composição a três partes, ok", completou.

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