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OPINIÃO

Vitão: Corinthians ainda quer Cavani, mas chance de transferência é pequena

Do UOL, em São Paulo

03/01/2022 15h39

A contratação de Edinson Cavani parece ser um desejo mais distante para o Corinthians. O atacante uruguaio, principal alvo do clube do Parque São Jorge no mercado da bola, voltou a ganhar espaço no Manchester United, o que esfriou os ânimos da diretoria corintiana. A busca alvinegra por um camisa nove de impacto continua, embora os nomes de Luis Suárez e Diego Costa também se mostrem difíceis de se concretizar.

Na Live do Corinthians, programa do UOL Esporte com todas as novidades do Timão no mercado da bola, os jornalistas Vitor Guedes e Ricardo Perrone conversaram sobre o andamento das negociações por um centroavante. Eles falaram que a animação inicial em torno de uma possível vinda de Cavani esfriou.

"O Cavani queria sair porque gostaria de ter mais espaço e agora voltou a jogar. A situação ficou muito mais complicada. O interesse do Corinthians está na mesa. O clube ainda não ouviu 'não' do Cavani e ficou de conversar no começo de janeiro. O que mudou foi o otimismo: era grande e, agora, há um pessimismo pela mudança de situação do Cavani. Pelo que está acontecendo no United, a chance de o Cavani estar liberado agora é muito pequena", disse Vitão.

Perrone alertou para o risco de o Timão querer um nome de peso e, diante das dificuldades nas negociações, ficar sem nenhuma opção para um setor tido como prioridade. "A torcida pirou com a possibilidade de ter Cavani, Suárez ou Diego Costa. A expectativa do torcedor é muito grande. Não há problema em insistir com Cavani. Deixa a porta aberta. Você pode continuar sonhando com Cavani, mas o Corinthians também poderia fazer o seu 'corre' para não ficar a pé. São negociações difíceis. O clube também deveria fazer alguma coisa mais simples, uma aposta, alguém que pudesse resolver e até olhar para sua base", apontou o colunista do UOL, citando algumas alternativas.

Vitão explicou como a confiança em um acordo com Cavani diminuiu a partir da mudança de status que o uruguaio teve no clube inglês nos últimos dias. "Na prática, a negociação com Cavani está no seguinte estado: o Corinthians o quer, e ele é sua ideia principal de reforço. O clube conversou com o estafe do jogador e o irmão dele. O Corinthians tem um plano e aumentou sua folha salarial para R$ 7 milhões por mês e quer investir parte disso em um nove que faça gols. O Cavani é a prioridade, mas mudou a situação dele no Manchester United. De jogador quase encostado, virou titular e fez gol [contra o Newcastle]. O técnico interino do United [Ralf Rangnick] disse em entrevista coletiva que não quer abrir mão dele de jeito nenhum", comentou.

Na opinião de Perrone, a diretoria corintiana falhou em um ponto ao longo do interesse manifestado em contratar Cavani. "Ela sempre ficou meio quieta em relação a isso. Faltou um pouquinho de cuidado da diretoria do Corinthians com o emocional da torcida. Também tinha que pensar nisso, até porque, se não vier alguém do tamanho que está sendo noticiado, a torcida vai se voltar contra a diretoria", enfatizou.

Se há pessimismo em torno de Cavani, a situação dos outros dois nomes de peso ventilados nos últimos dias também se mostra bem complexa, como salientou Vitão. "A situação de Suárez e Diego Costa é muito parecida. A do Suárez é a mais difícil de todas, porque ele sequer sinalizou interesse em jogar no Corinthians, por isso é o mais distante. O Corinthians só negocia com jogador livre no mercado. Aceita pagar luvas, mas quer bancar isso no jogador, e não na rescisão contratual, como aconteceu com Paulinho, Róger Guedes e Giuliano. Tem que estar livre no mercado, o que não é o caso de nenhum dos três neste momento", completou.