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Volta à casa: como foi o 2021 dos repatriados de peso no futebol brasileiro

Hulk comemora segundo gol do Atlético-MG contra o Athletico-PR, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil - Robson Mafra/AGIF
Hulk comemora segundo gol do Atlético-MG contra o Athletico-PR, pelo segundo jogo da final da Copa do Brasil Imagem: Robson Mafra/AGIF

Colaboração para UOL, em São Paulo

23/12/2021 04h00

Encerrado o calendário de 2021 no futebol brasileiro, o país já conhece seus grandes campeões, exemplos de Atlético-MG e Palmeiras, e as equipes que decepcionaram, como o Grêmio, rebaixado pela terceira vez à Série B do Brasileirão. O potente elenco do Flamengo, que jogou um balde de água fria na torcida após ficar sem ao menos um dos principais títulos da temporada, também foi um dos destaques do ano. Outro fato marcante foi o retorno de vários nomes reconhecidos ao Brasil depois de longas carreiras na Europa e outras ligas pelo mundo.

Contratações como as de Hulk, Miranda e Renato Augusto certamente estão entre os principais reforços das grandes equipes do país, mas nem todas as torcidas tiveram suas expectativas atendidas pelos importantes nomes que regressaram ao futebol nacional.

O UOL Esporte separou uma lista com os grandes nomes 'repatriados' de 2021, suas estatísticas e o desfecho de suas temporadas de volta ao Brasil.

Hulk

Possivelmente o melhor jogador da temporada no país. Campeão, artilheiro e melhor jogador do Brasileirão e da Copa do Brasil pelo Atlético-MG, Hulk fechou 2021 com chave de ouro: além do título diante do Athletico-PR, o craque do Galo foi o artilheiro do Brasil, com 36 gols em 68 jogos, além de 13 assistências. O jogador de 35 anos também foi sinônimo de vitalidade, e ficou fora de somente seis partidas. O único ponto negativo do ano do atacante ficou para as atuações apagadas nas semifinais da Libertadores contra o Palmeiras, que faturou a competição. No entanto, os dois jogos são ofuscados diante da grande temporada de Hulk, que, além das duas competições nacionais, ainda faturou o título mineiro.

- 68 jogos feitos e ausente em 6 (1 no banco de reservas, sem ser utilizado); 36 gols e 13 assistências

- Minutos possíveis e quantos disputou: 5.308 minutos de 6.660 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Hulk: 74% e 72%, respectivamente.

Willian

Willian em ação pelo Corinthians diante do Ceará, no Castelão - Rodrigo Coca/Agência Corinthians - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Willian em ação pelo Corinthians diante do Ceará, no Castelão
Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O camisa 10 voltou ao clube de origem. Entre os quatro reforços de peso do Corinthians em agosto, Willian foi quem menos atuou devido a uma lesão na coxa esquerda, que o impediu de ter longa sequência. Foram nove jogos do atleta de 33 anos em 2021, mas que deixaram boa impressão: para além das boas atuações, o aproveitamento do Alvinegro com o meia foi de 67%; sem sua presença, de apenas 37%.

- 9 jogos e ausente em 9 (1 no banco de reservas, sem ser utilizado); 2 assistências

- Minutos possíveis e quantos disputou: 452 minutos de ou 1.620 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Willian: 67% e 37%

Miranda

Miranda, durante a partida entre São Paulo e Red Bull Bragantino - Ettore Chiereguini/AGIF - Ettore Chiereguini/AGIF
Miranda, durante a partida entre São Paulo e Red Bull Bragantino
Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Se a temporada do São Paulo terminou de maneira decepcionante, com a equipe fugindo do rebaixamento, Miranda foi um dos motivos pelos quais o torcedor pôde comemorar. Mesmo aos 37 anos, o experiente defensor atuou em 46 partidas e teve temporada sólida pelo Tricolor. Segundo dados do SofaScore, o zagueiro não cometeu erros defensivos graves desde o retorno ao clube, além de fazer um gol, dar duas assistências e fazer 72 desarmes.

- 46 jogos e ausente em 20 (3 no banco de reservas, sem ser utilizado); 1 gol e 2 assistências

- Minutos possíveis e quantos disputou: 3.939 de 5.940 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Miranda: 51% e 55%

Renato Augusto

Renato Augusto comemora gol marcado contra o Grêmio na 37ª rodada do Brasileirão - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
Renato Augusto comemora gol marcado contra o Grêmio na rodada passada
Imagem: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

Renato Augusto conquistou seu lugar na lista dos melhores reforços dos clubes brasileiros em 2021. Desde a reestreia, o camisa 8 deixou de atuar em somente duas partidas, e esteve em campo em pelo menos 73 minutos em 14 dos últimos 15 jogos. Com Renato em campo, o time teve aproveitamento de 60%. Sem ele, foram uma derrota e um empate. Além de organizar o meio-campo ao lado de Giuliano, o experiente jogador fez quatro belos gols e deu uma assistência em 21 confrontos.

- 21 jogos e ausente em 2 (1 no banco de reservas, sem ser utilizado); 4 gols e 1 assistência

- Minutos possíveis e quantos disputou: 1.487 de 2.070 possiveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Renato Augusto: 60% e 16%

Roger Guedes

Roger Guedes comemora gol do Corinthians sobre a Chapecoense - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Roger Guedes comemora o gol do Corinthians sobre a Chapecoense
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Dos principais reforços corintianos, Roger Guedes foi aquele que mais rápido caiu nas graças da torcida. Em menos de um mês, o dono da camisa 123 foi decisivo nas suas primeiras partidas ao ajudar a vencer um Dérbi com dois gols e terminou o ano como artilheiro do time na Série A, com sete tentos — além de duas assistências. O atacante também mostrou ótimo preparo físico, uma vez que não esteve em campo somente em uma partida, contra o Juventude, por suspensão, e jogou os 90 minutos em 17 dos 19 jogos que atuou.

- 19 jogos e ausente em 1 (suspensão); 7 gols e 2 assistências

- Minutos possíveis e quantos disputou: 1.681 de 1.800 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Roger Guedes: 53% e 0%

Giuliano

Giuliano celebra gol de empate do Corinthians diante do Internacional, no Beira-Rio - Maxi Franzoi/AGIF - Maxi Franzoi/AGIF
Giuliano marcou o gol de empate do Corinthians diante do Internacional, no Beira-Rio
Imagem: Maxi Franzoi/AGIF

Desde a data de sua estreia pelo Corinthians, no empate contra o Santos em agosto, Giuliano foi o segundo jogador que mais participou de gols no elenco, ao lado de Jô, e atrás de Roger Guedes. O camisa 11 anotou três tentos e deu outras três assistências em 21 partidas, sendo decisivo em importantes confrontos, como as vitórias contra o Cuiabá e o Palmeiras, e os empates ante o Internacional e o Bragantino. Assim como Guedes, o meio-campista se tornou peça indispensável nas escalações de Sylvinho, atuando por 90 minutos em 15 partidas das 21 que realizou pelo Alvinegro, e esteve ausente em somente três.

- 21 jogos e ausente em 3; 3 gols e 3 assistências

- Minutos possíveis e quantos disputou: 1.782 de 2.160 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Giuliano: 54% e 67%

Andreas Pereira

Andreas Pereira, em ação pelo Flamengo diante do Ceará, no Maracanã - Gilvan de Souza / Agencia O Dia - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Andreas Pereira em ação pelo Flamengo diante do Ceará, no Maracanã
Imagem: Gilvan de Souza / Agencia O Dia

Até o fatídico lance que rendeu o segundo gol e o título palmeirense na final da Libertadores, Andreas Pereira era um dos destaques positivos na temporada do Flamengo. O meia estreou com gol diante do Santos, e, apesar da forte concorrência no elenco rubro-negro, rapidamente conquistou a titularidade no time de Renato Gaúcho. O atleta de 25 anos balançou as redes cinco vezes e deu uma assistência em 24 jogos, e, com ele, a equipe manteve ótimo aproveitamento: 65%. A falha contra o Palmeiras custou o título continental e o colocou em xeque com a torcida, mas Andreas não termina o ano em pleno descrédito graças às boas atuações no Brasileirão, e terá a chance de repeti-las e se redimir em 2022.

- 24 jogos e ausente em 6 (2 no banco de reservas, sem ser utilizado); 5 gols e 1 assistência

- Minutos possíveis e quantos disputou: 1.922 de 2.730 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Andreas Pereira: 65% e 50%

Jonathan Calleri

Calleri comemora gol marcado pelo São Paulo contra o Corinthians - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Calleri comemora gol marcado pelo São Paulo contra o Corinthians
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Bem quisto pela torcida tricolor, sobretudo pelo desempenho pelo clube em 2016, Calleri chegou ao São Paulo sob a expectativa de resolver um dos principais problemas da equipe: a escassez de gols. Embora a equipe tenha encerrado o Brasileirão com o seu pior ataque nos pontos corridos, o argentino cumpriu com sua tarefa com cinco gols em 16 jogos — todos eles decisivos para as três vitórias e dois empates da equipe quando balançou as redes. Assim, apesar de ter atuado em menos da metade do Brasileirão, o camisa 30 foi o artilheiro são-paulino no torneio e ajudou o time a se manter na elite do futebol brasileiro.

- 16 jogos e ausente em 3; 5 gols

- Minutos possíveis e quantos disputou: 869 de 1.710 possíveis

- Aproveitamento da equipe com e sem Calleri: 42% e 67%