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Do tudo ao nada, Fla fecha o ano com gosto amargo e tem redenção como meta

Gabigol lamenta chance perdida pelo Flamengo na final da Libertadores contra o Palmeiras - REUTERS/Agustin Marcarian
Gabigol lamenta chance perdida pelo Flamengo na final da Libertadores contra o Palmeiras Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/12/2021 04h00

Após um início de ano fulminante, o Flamengo fechou o primeiro semestre com as taças da Supercopa do Brasil e do Carioca, alimentando os sonhos dos rubro-negros por um novo ano de glórias.

Então bicampeã do Brasileirão, a equipe começou patinando em sua missão pelo tricampeonato e, prejudicada por contusões em série e convocações para as seleções, despencou. Questionado pela arquibancada, Rogério Ceni caiu e deu lugar a Renato Gaúcho.

Ex-jogador com passagem importante pelo clube, o treinador conseguiu um fôlego ao iniciar sua jornada com goleadas, mas o time foi perdendo padrão à medida que as competições iam ficando para trás.

Eliminado da Copa do Brasil, o Flamengo se agarrou na Libertadores a sua tábua de salvação final para 2021, visto que o Atlético-MG já caminhava rumo ao título nacional. Derrotado pelo Palmeiras na decisão pela conquista da América, o Fla viu o sonho se esfarelar e transformou um ano que prometia ser de conquistas em uma temporada que ficará sempre marcada pela frustração.

Após a derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO, o Fla, enfim, pode acelerar as transformações prometidas, seja dentro ou fora das quatro linhas. O momento é de apontar para o futuro e os insucessos trazem a certeza de que a pressão estará presente desde o primeiro momento. Da chance de conquistar tudo que disputou, o Rubro-negro chega em dezembro sem motivos para festejar e mira a redenção.

"Foi uma temporada difícil, a gente sabe que essa camisa entra para ganhar tudo. A gente não foi o que teríamos de ser nas principais competições. Temos de reavaliar, sabemos que não está tudo certo. É colocar a cabeça no travesseiro, refletir e voltar para retomar a hegemonia", disse o lateral Renê ao canal Premiere.

Fato é que a busca por um técnico vai ganhar contornos mais definitivos a partir de agora e que o nome do português Carlos Carvalhal é o que mais circula pela Gávea. Não há, contudo, nada em estágio avançado.

Superada a etapa do treinador, os rubro-negros irão reavaliar processos no departamento de futebol e, claro, as pessoas. O departamento médico e a preparação física terminaram o ano em baixa e mudanças são iminentes. Reeleito na última semana, o presidente Rodolfo Landim tem sido pressionado a estar atento a estas decisões.

"Todo mundo sabe que a temporada foi muito aquém daquela que a gente pensou e planejou. A segunda colocação não serve, o Flamengo vem sempre buscar títulos", afirmou o técnico Maurício Souza, que completou:

"Foi uma temporada que a gente vai ter de rever muita coisa, precisamos tirar proveito dela para não cometermos os mesmos erros no próximo ano."

Com os jogadores oficialmente de férias, o Flamengo terá um mês decisivo para que o trem volte aos trilhos a partir de janeiro. Muitos créditos foram queimados após os fracassos recentes e o clima será de cobrança do início ao fim.