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OPINIÃO

Mauro: Gestão do Flamengo não está preocupada em ampliar colégio eleitoral

Do UOL, em São Paulo

07/12/2021 04h00

O Flamengo definiu, no último sábado (4), a reeleição do presidente Rodolfo Landim, que vai comandar o clube até 2024. Mauro Cezar Pereira afirma que já era esperada a sequência da gestão atual, mas chama a atenção para o tamanho do colégio eleitoral do clube que tem a maior torcida do país, com sócios em diferentes regiões, mas que não puderam votar devido a restrições impostas.

No podcast Posse de Bola #184, Mauro cita, além da eleição restrita aos presentes no Rio de Janeiro, a punição a um conselheiro por ter feito críticas a Landim em uma live no canal do jornalista no YouTube.

"No meio disso tudo teve um caso muito lamentável que foi a quase expulsão e depois a proibição de votar de um sócio porque ele fez críticas ao Landim em uma live no meu canal no YouTube e isso gerou uma punição a esse associado e esse associado não votou, e esse voto empataria o pleito e o Walter [Monteiro] venceria pela idade", diz Mauro.

"Acabou que, lógico, ninguém poderia imaginar que a diferença seria tão pequena, mas esse associado que não pôde votar por uma decisão bizarra dos poderes do clube, esse voto dele fez falta no final, fez muita falta, mudou o curso da história e isso porque ele fez críticas ao Rodolfo Landim em uma live no meu canal", completa.

O jornalista cita ainda o aumento no valor da mensalidade para sócios que residem fora do Rio de Janeiro como absurdo, já que eles não se utilizam das instalações do clube e ainda sim ficam com um custo muito elevado para que tenham direito a voto.

"A vitória do Landim era esperada, isso aí não é nenhuma novidade, eu acho que o mais grave nesse caso é que o sócio do Flamengo que reside fora do Rio de Janeiro pôde votar desde que viajasse ao Rio para votar. Ou seja, só houve voto presencial, isso foi um negócio totalmente absurdo. Por que só voto presencial? Outra coisa, tivemos nessa gestão do Landim um reajuste absurdo no valor das mensalidades para quem é sócio e vive fora do Rio de Janeiro", diz Mauro.

"Houve nessa eleição um movimento para restringir o colégio eleitoral, isso é muito claro, e o mais bizarro é que a receita do Flamengo, esse R$ 1 bilhão que os dirigentes ficam tão orgulhosos de falar, isso não vem do clube social, vem da pujança do clube, da grandeza do clube, que deriva da sua torcida, mais numerosa fora do Rio do que no Rio. Então, essa gestão não está, parece, nada preocupada com isso, em ampliar esse colégio eleitoral", conclui.

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