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Brasileirão do Grêmio inibe candidatura política de Bolzan, diz ex-assessor

Do UOL, em São Paulo

04/12/2021 11h00

O período vencedor do Grêmio, com títulos da Copa do Brasil e da Libertadores sob o comando de Renato Gaúcho, além de boas participações nas competições que não ganhou foi um fator que, somado à administração financeira, colocou o presidente Romildo Bolzan como possível candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul, considerando também o histórico político do dirigente, que foi prefeito da cidade de Osório, mas a campanha no Brasileirão deve atrapalhar as pretensões para 2022.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, o ex-assessor de imprensa do Grêmio, João Paulo Fontoura, o JP, fala sobre a questão política do presidente do clube e do reflexo da campanha que durante todo o Brasileirão foi de um time ocupando a zona de rebaixamento.

"O presidente nunca escondeu a sua trajetória política e a sua ambição política. Ele está no terceiro ano de mandato, no ano que vem as eleições para governador, o partido dele, o PDT, sempre abertamente falou o nome dele como nome preferido", conta JP.

"Mas o resultado de campo de alguma maneira está se não constrangendo completamente está inibindo, digamos assim, que esse movimento seja feito", completa.

Para JP, os problemas na temporada do Grêmio, com trocas de treinador, afastamento de jogador e os próprios resultados dentro de campo mostram que Bolzan não tem todo o controle que se supunha nos bons momentos do clube.

"Sempre se soube que o presidente tinha anseios legítimos, diga-se de passagem, de buscar a carreira política, o que, aliás, é bem corriqueiro em clubes de futebol, mas talvez, pelo menos no cenário que a gente vem vendo assim, a liderança que o presidente achou que tivesse, ele não tem, fala sempre respaldada pelos números", conclui.

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