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Ingresso para jogo do Atlético-MG ficou cinco vezes mais caro em um mês

Atlético-MG colocou mais de 60 mil torcedores contra o Juventude, pelo Brasileirão - Pedro Souza/Atlético
Atlético-MG colocou mais de 60 mil torcedores contra o Juventude, pelo Brasileirão Imagem: Pedro Souza/Atlético

Victor Martins

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte (MG)

25/11/2021 04h00

O bom momento do Atlético-MG no Campeonato Brasileiro se reflete nas arquibancadas do Mineirão. Desde que a Prefeitura de Belo Horizonte liberou carga máxima para os jogos de futebol, no começo deste mês, a torcida alvinegra tem comparecido em peso. E não será diferente neste domingo, contra o Fluminense. Mas ao mesmo tempo que o atleticano se mostra cada vez mais empolgado com o time, o ingresso fica mais caro. O preço da entrada está cinco vezes maior em comparação ao início de novembro.

No mesmo ritmo que cresce a empolgação do torcedor, também sobe o valor do ingresso para os jogos do Galo. Com a demanda muito maior do que a oferta, entradas para as partidas do Atlético em 2021 ficaram todas com os sócios do clube. Quem paga uma mensalidade maior tem mais desconto no bilhete, enquanto quem paga um valor menor vai ter o desconto menor na hora de comprar o ingresso. É assim que funciona o programa de sócio-torcedor do Galo, que já tem quase 115 mil associados.

Para o duelo deste domingo, contra o Fluminense, o ingresso mais barato é o vendido para os sócios das modalidades "Preto" e "Forte e Vingador". Para esse sócio a entrada mais em conta custa R$ 99,75. Para ver o jogo atrás dos gols, seja na cadeira superior ou inferior. Quase cinco vezes mais do que o valor cobrado pelos mesmos setores na partida contra o Grêmio, em 3 de novembro. Diante da equipe gaúcha, o valor para o sócio foi de R$ 21. E os reajustes foram gradativos, a cada rodada como mandante. Contra América, Corinthians e Juventude. Nesse último, por exemplo, a entrada atrás dos gols custou R$ 59,50.

Assim aconteceu em todos os setores do Mineirão, se comparado os preços dos ingressos contra o Grêmio e os que foram divulgados para o duelo com o Fluminense. O setor roxo superior saltou de R$ 35, no começo de novembro, para R$ 199,50. Enquanto o roxo inferior foi de R$ 52,50 para R$ 269,15.

"Os valores dos preços são ajustados de acordo com a diminuição da oferta. Antes da partida com o Juventude eram três jogos no Mineirão até o fim do Brasileirão. Agora são apenas dois. É uma demanda grande para uma oferta que fica menor", explicou André Lamounier, diretor de comunicação do Atlético, em entrevista ao programa Arena 98, da Rádio 98FM.

Como o time vai muito bem em campo e está cada vez mais próximo de conquistar o Campeonato Brasileiro, depois de 50 anos, a torcida tem comparecido em peso. O reflexo dos grandes públicos no Mineirão e os constantes reajustes aparecem nas finanças do clube. Apesar de jogar mais da metade da temporada sem a presença de torcida do estádio, em função da pandemia causada pelo novo coronavírus, o Atlético já superou com folga a meta estabelecida para 2021.

De acordo com o orçamento aprovado pelo conselho deliberativo do clube em novembro do ano passado, a projeção de faturamento com bilheteria era de R$ 19,2 milhões. Até o momento, a arrecadação bruta do Galo com venda de ingressos está em R$ 22,6 milhões. Com mais duas partidas do Brasileiro por disputar, além da final da Copa do Brasil, a expectativa dentro do Atlético é de que o clube vai conseguir arrecadar cerca de R$ 40 milhões com a bilheteria.

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