Topo

Auxiliar palmeirense detona arbitragem após empate: "Rir pra não chorar"

Wesley prepara jogada em duelo entre Palmeiras e Atlético-MG - Ettore Chiereguini/AGIF
Wesley prepara jogada em duelo entre Palmeiras e Atlético-MG Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Colaboração para o UOL, em São Paulo

24/11/2021 00h17

O auxiliar da comissão técnica do Palmeiras, João Martins, que comandou a equipe no empate por 2 a 2 contra o Atlético-MG, no Allianz Parque, pela 35ª rodada do Brasileirão, fez duras críticas à arbitragem da partida.

As reclamações foram a respeito de diversos lances, mas principalmente em relação ao segundo gol do Galo, em que Hulk finalizou e Nacho Fernández estava sozinho na grande área, em posição de impedimento. Para Martins, Nacho teria influenciado na jogada.

"Vamos rir para não chorar. Quem diz a verdade não merece castigo. Temos que falar mais uma vez sobre aquele lance do segundo gol [do Atlético]. Como é possível, pelo terceiro jogo seguido, o Palmeiras ser prejudicado? Essa é a realidade. O Marcos Rocha no lance viu e falou com o árbitro. O VAR no Brasil só funciona às vezes. O lance do Dudu contra o Fluminense, tentaram descontinuar com um impedimento. Como o árbitro a 50 centímetros do lance não vê um jogador (Nacho Fernández) a jogar basquete? O jogador fez um gesto [com as mãos]", criticou Martins, que substituiu Abel Ferreira, suspenso.

O auxiliar palmeirense prosseguiu, citando outros momentos da partida. "O Willian é atropelado na área e o árbitro fez questão de seguir logo. O VAR revisou o lance em dez segundos. O árbitro assistente marcou dez faltas na defesa do Atlético no primeiro tempo, e no segundo se virou disse que as faltas são marcadas pelo árbitro. Vamos rir para não chorar e levar as coisas assim. Sentimos isso. Não controlamos isso, mas pedimos um pouco mais de seriedade", concluiu.

Acerca do bate-boca que protagonizou com o lateral Jorge, que se irritou ao ser substituído, o auxiliar português assegurou que a situação foi resolvida dentro do vestiário.

"Coisas que não gostaríamos que acontecessem, mas isso se resolve dentro do grupo de trabalho. Ficou logo resolvida, porque o Jorge é enquanto homem cinco estrelas. Resolvemos lá dentro. Ele se retratou, eu me retratei, e já está resolvido. Somos seres humanos, temos sentimentos e faz parte", disse Martins.

Com o empate em casa, o Verdão chega a 59 pontos e continua no terceiro lugar da Série A, seis pontos à frente do Corinthians, quarto colcoado.

O próximo compromisso da equipe será a final da Copa Libertadores, no sábado (27), contrao Flamengo, às 17h, em Montevidéu-URU.

Confira outras respostas de João Martins durante a coletiva de imprensa:

Com Danilo Barbosa e Gabriel Menino no meio, qual foi a avaliação do setor?

"O Danilo Barbosa jogou na zaga hoje. Jogamos com a equipe mais forte do campeonato, tivemos que nos adaptar. O Barbosa jogou na zaga, jogamos só com dois volantes. O Barbosa jogou e bem na zaga como zagueiro do lado direito."

Time mostrou bom futebol. Como foi lidar com a ansiedade com a proximidade da final? E o que faltou para a vitória?

"Pro time sair com a vitória faltou um gol com as oportunidades que tivemos e o árbitro anular o segundo gol que foi mal validado. Se não fosse validado, então sairíamos com 2 a 1. Aos jogadores, dissemos que esse jogo era pra se prepararem individualmente e coletivamente para o jogo de sábado. Queremos todos preparados. Todos usaram esse jogo de hoje para se preparar fisicamente e mentalmente para sábado."

Algum jogador foi bem o suficiente para ganhar espaço para o jogo de sábado

"Todos estão comprometidos para o jogo de sábado, e é muito bom. Temos quatro dias para trabalhar. Todos estão comprometidos, vão trabalhar e se preparar para dar o melhor para a equipe, nem que seja para apoiar os colegas que vão atuar."

Auxiliar sofre mais de ansiedade que o treinador?

"É diferente. A pressão é menor, porque trabalhamos por trás, é mais fácil. Esses jogos são experiências engraçadas. É bom ser só uma vez, de vez em quando."

Preparação mental para a final. Que tipos de conversas, exercícios e atividades são feitas?

"Não vamos desvendar o que fazemos, mas podemos dizer que já estamos a trabalhar nisso há bastante tempo."

Bate-bocas como com Jorge são comuns ou algo que precisa ser repreendido?

"Coisas que não gostaríamos que acontecessem, mas isso se resolve dentro do grupo de trabalho. Ficou logo resolvida, porque o Jorge é enquanto homem cinco estrelas. Resolvemos lá dentro. Ele se retratou, eu me retratei, e já está resolvido. Somos seres humanos, temos sentimentos e faz parte."