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Em suposto áudio vazado, Paixão pede trocas no Inter: 'Tem que contratar'

Paulo Paixão é coordenador da preparação física do Internacional - Ricardo Duarte/Internacional
Paulo Paixão é coordenador da preparação física do Internacional Imagem: Ricardo Duarte/Internacional

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

22/11/2021 17h46

Dois áudios vazados atribuídos ao coordenador de preparação física do Inter, Paulo Paixão, mostram uma avaliação dura e sincera da capacidade do grupo colorado. Neles, o profissional pede mudanças no elenco e diz que Diego Aguirre não tem opções suficientes.

Pelo teor das falas, o áudio foi enviado a uma pessoa próxima de Paixão, com a qual ele tem intimidade. O diálogo ocorreu no domingo, um dia após a derrota por 2 a 1 para o Flamengo, no Beira-Rio.

"O Diego (Aguirre, técnico) olha para trás, para o banco, e é só garoto. É o Boschilia enganador, que não é mais garoto, mas o resto é garoto. O time vai ter que contratar se quiser fazer alguma coisa para o ano que vem. Tem que contratar. E trocar umas peças que já estão, em termos de clube, há muito tempo. Faz uma permuta, Patrick com não sei quem, Dourado com não sei quem, Cuesta... Tem que fazer, tem que renovar, o vestiário está há muito tempo ali. Enfim, é difícil. O treinador olha para trás assim... E o Renato olha para trás e tem o Arrascaeta, não sei quem e não sei quem mais", diz trecho de um dos áudios.

"Esse entendimento nós temos, que somos da bola. Mas é fundamental este papo de roda, esse papo na roda é fundamental. Temos conversado tudo isso com o presidente. Não dá para olhar para trás e: vou fazer o que?", completa supostamente Paixão.

Até a publicação desta matéria, não houve confirmação da veracidade ou da autoria da manifestação.

Porém, os áudios viralizaram nas redes sociais e chegaram até os atletas. Segundo apurou o UOL Esporte, a repercussão das palavras foi negativa no vestiário, pois houve citação a jogadores e assuntos internos relatados a terceiros.

"Nossas forças não foram suficientes porque o adversário é melhor. É fundamental o torcedor entender isso. Ficamos felizes quando vemos que o torcedor entendeu que seus esforços não deixaram de acontecer, de ter trabalho, de buscar, porém, o adversário é melhor", disse.

Na conversa, Paixão ainda trata a pessoa para a qual enviou o áudio como "malandro da bola", dando a entender que é alguém com convívio no futebol. E completa sua avaliação afirmado que não adianta ter apenas dois ou três jogadores diferenciados, mas é necessário ao menos a metade do time.

"Você é da bola, é malandro da bola, sabe como é que é. Tem que ter alguém para... Não adianta ser dois, três. Tem que ter a metade. Dois, três, não adianta. Mas tá legal. Nosso campeonato é com Corinthians, com Fluminense, isso foi conversado no vestiário. E temos que buscar pontos de fora, nossa decisão é com Fluminense quarta-feira, e vamos buscar", disse.

"No futebol, se não souber por que perdeu e por que ganhou, para. E nosso sentimento é este. Vamos continuar o trabalho. O time está correndo, graças a Deus, e essa é a tônica para buscarmos a pontuação necessária nos jogos que restam", finalizou.

O Internacional, até o fechamento desta matéria, não se manifestou oficialmente sobre o conteúdo dos áudios.

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