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Palmeiras: Juiz já suspeitava de mão de Dudu contra o Santos antes do gol

Rony, jogador do Palmeiras, comemora seu gol durante partida contra o Santos - Fernanda Luz/Fernanda Luz
Rony, jogador do Palmeiras, comemora seu gol durante partida contra o Santos Imagem: Fernanda Luz/Fernanda Luz

Diego Iwata Lima

De São Paulo

08/11/2021 17h02

A CBF divulgou o áudio da comunicação da cabine do VAR com o árbitro Raphael Claus durante a vitória do Palmeiras sobre o Santos, por 2 a 0, no último domingo (7), na Vila Belmiro.

Na gravação, é possível ver que Claus questiona se Dudu estava impedido ou se dominara a bola com o braço antes mesmo de a jogada ser concluída, no lance que seria o primeiro gol do Palmeiras, anotado por Rony, após cruzamento do camisa 43.

A marcação inicial de Raphael Claus foi de lance normal. A cabine do VAR se mostra em dúvida, de acordo com o diálogo travado entre Claus e Rodrigo Guarizo do Amaral, responsável pela arbitragem em vídeo da partida. A dúvida é se Dudu leva vantagem na jogada, ou se o toque é casual, decorrente de movimentação normal.

"Ele vai ter que vir ver", diz Guarizo, após rever a jogada algumas vezes, antes de convocar Claus à cabine, quando então acontece o seguinte diálogo:

"Guarizo do Amaral: Claus, Eu recomendo a revisão de toque de mão na bola ganhando vantagem.

Raphael Claus: Braço (de Dudu está) aberto. Domina com o braço. Está com braço aberto e ele fica com a bola por estar com o braço aberto. Vou sair com falta, tiro livre indireto, a favor da defesa

Guarizo do Amaral: OK, Claus, boa decisão"

Assim, O gol foi anulado. Três minutos depois, porém, novamente com Rony, o Palmeiras faria o primeiro gol de sua vitória na partida, aos 44min do 1º tempo. Raphael Veiga encerraria a fatura aos 27min do 2º tempo.

Ao que indica a conversa entre árbitro e cabine, Claus considerou que Dudu teve a intenção de usar o braço para domínio, embora estivesse de costas para a jogada. Desse modo, a decisão se baseou na seguinte diretriz:

"Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido"