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Abel Ferreira compara Marília Mendonça a Senna: "grandeza e exemplo"

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/11/2021 19h06

Na coletiva após a vitória do Palmeiras sobre o Santos por 2 a 0, o técnico Abel Ferreira fez questão de dar os sentimentos aos familiares da cantora Marília Mendonça. Hoje (7), dois dias após a morte da cantora, o treinador destacou sua importância e espera que isso ajude em uma mudança da cultura esportiva para o Brasil.

"Dar os sentimentos para toda a família da Marília Mendonça. Acompanhei ontem a grandeza de uma mulher e acho que, de fato, o Brasil tem muitos exemplos para mudar, principalmente, a cultura esportiva. A forma que ela encarava a vida me faz lembrar muito do Ayrton Senna, é um exemplo para todos os brasileiros e para mim. O Senna foi uma referência para mim no esporte, não apenas por ganhar, Ele não gostava de perder, mas respeitava os adversários quando perdia. Vou ter que dizer isso: o futebol brasileiro precisa mudar a cultura esportiva. Tem que saber ganhar e saber perder. Aprendi e continuo a aprender no futebol brasileiro. E sou o primeiro que tenho a melhorar", declarou.

Na sequência, ao ser questionado sobre o balanço das semanas nas últimas semanas de trabalho, o comandante voltou a criticar a forma como que o futebol é tratado no país.

"As pessoas não gostam que eu fale a verdade, mas isso é um jogo de futebol. Se queremos mudar a cultura do Brasil, eu tenho que melhorar, a imprensa tem que melhorar, os clubes, a mentalidade dos jogadores e dos dirigentes têm que melhorar. Comportamento gera comportamento. Fico envergonhado quando vejo algumas imagens e pessoas de Portugal me perguntam se quero continuar nesse futebol. O futebol daqui tem muita qualidade, jogadores de muita qualidade, com jogadores espalhados pelo mundo, nas maiores ligas", disse.

"As pessoas têm que perceber que o Brasil é o país do futebol ou dos jogadores de futebol. Temos que fazer essa reflexão. Isso passa pela cultura esportiva. Passando por mim, primeiro. Temos que melhorar os nossos comportamentos. A imprensa tem que perceber quais tipos de programa quer passar. Se eu semeio o ódio e a violência, espero do outro lado o quê? Amor, carinho e respeito ao adversário? Não! Tem que saber ganhar e perder. Gosto de aprender, olhar para meus erros e evoluir, mesmo que às vezes caiam na minha cabeça. Todos tem uma responsabilidade muito grande para ver qual mensagem passar do futebol brasileiro. Garanto que esse é o país dos jogadores de futebol, digo com a certeza dos estudos e dos meus olhos", completou.

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