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Pressionado, Fla visa equilíbrio por Libertadores e esperança no Brasileiro

Técnico Renato Gaúcho conversa com o elenco do Flamengo - Alexandre Vidal / Flamengo
Técnico Renato Gaúcho conversa com o elenco do Flamengo Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

04/11/2021 04h00

Pressão, maratona e grande objetivo da temporada à prova em poucos dias. O atual cenário do Flamengo tem todos esses ingredientes, e o clube tenta se equilibrar para manter o elenco na rota. Entre tropeços e dúvidas, o time se agarra às chances de conquistar o Brasileiro e busca melhoria para a final da Libertadores.

O empate com o Athletico-PR, na última terça-feira, dificultou a missão do Rubro-Negro em alcançar o Atlético-MG, líder da competição nacional, e aumentou a pressão sobre o técnico Renato Gaúcho. A torcida, que já havia cantado o nome de Jorge Jesus após a eliminação na Copa do Brasil — em derrota para o mesmo Furacão —, demonstrou insatisfação novamente.

Depois de um começo quase que avassalador, quando emplacou uma sequência de goleadas, o treinador vê o trabalho ser colocado em xeque após os recentes resultados ruins. Com a final da Libertadores batendo à porta, ele busca soluções para uma equipe que parece longe do seus melhores dias.

Apesar da conjectura, ainda há chances e é nelas que o Flamengo se apega para não "jogar a toalha". Na terceira colocação, com 50 pontos e um jogo a menos, a equipe da Gávea tem, atualmente, cerca de 6% de levar o tri, segundo o site Infobola.

Um dos fatores apontados para a queda de rendimento é o fato de haver muitos desfalques, ponto que vem causando dor de cabeça. Contra o Athletico-PR, Vitinho sentiu um incômodo na coxa direita e ligou o alerta, mas, inicialmente, foram apenas câimbras. Kenedy viajou para Curitiba, mas apresentou um inchaço no tornozelo e nem sequer foi utilizado.

Em vídeo divulgado ontem (3) nas redes sociais do clube, pôde-se observar David Luiz e Rodrigo Caio integrando o treinamento com o restante do elenco — podem voltar contra o Atlético-GO —, enquanto Diego fez atividades separadamente. Arrascaeta ainda se recupera de lesão na coxa direita.

Na última semana, Marcos Braz, vice-presidente de futebol, daria uma entrevista coletiva, que acabou cancelada. À época, o tema a ser tratado não foi informado, mas o evento foi marcado após a lesão do atacante Pedro, que teve de passar por uma artroscopia — o problema gerou especulações sobre o departamento médico.

Em meio a tudo isso, o Flamengo também encara uma maratona. O Rubro-Negro volta a campo já amanhã, contra o Atlético-GO, no Maracanã, em rodada atrasada do Brasileiro, e joga novamente na segunda-feira, contra a Chapecoense, na Arena Condá, pela mesma competição.

"O Flamengo vem jogando a cada três dias. Os jogadores são seres humanos, eles cansam, eles não param. Tem de treinar, viajar e jogar sempre uma decisão. Sempre gente machucada, sempre gente suspensa, as opções vão diminuindo. E o jogador é ser humano, ele cansa. Eu vejo equipes disputando uma competição só e com vários jogadores no departamento médico. Uma competição só. O Flamengo, até ontem, estava em três competições. O Flamengo não para. O Flamengo vem jogando assim há três meses. E até o final do ano vai continuar assim. Mas pessoas não querem saber se está machucado, se está suspenso, se o jogador é humano ou não, se cansou ou não, só querem saber do resultado. E o resultado, hoje, apesar de, infelizmente ter cedido o empate no fim do jogo, o Flamengo continua bem vivo no Campeonato Brasileiro", disse Renato, após a partida da última terça.