'É um clube gigante e quero ficar', diz Giovanni sobre o Cruzeiro
O meia Giovanni Piccolomo carrega no sangue, assim como o Cruzeiro, raízes italianas. A ascendência europeia do jogador de 27 anos vem do avô, que nasceu na Itália. No centenário da Raposa, o meio-campista esperava uma história diferente no fim deste ano, com o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro, mas tudo ficou mais difícil. O departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por exemplo, calcula apenas 0,015% de chances de a equipe estrelada retornar à elite do futebol nacional.
Mesmo com a existência de inúmeras dúvidas sobre o futuro próximo do Cruzeiro, Giovanni deseja permanecer em Belo Horizonte. Com contrato por mais dois meses apenas, o meia não esconde que sua vontade é seguir no clube.
"É um grande clube com grandes jogadores, muitos ídolos. Desde o começo, quando vim para cá, o meu intuito é esse, o de fazer história. Vou trabalhar para isso, se tiver a possibilidade, ficarei e serei feliz por seguir vestindo essa camisa", disse em entrevista ao UOL Esporte, reiterando que ainda não há qualquer garantia que isso aconteça.
"O [ano de] 2022 ainda está muito incerto, o meu contrato acaba no final do ano com o Cruzeiro. Deixo o meu destino nas mãos de Deus, o meu agente toma conta e peço para que ele me fale o necessário. Por enquanto, há uma indefinição", completou.
Volta ao Cruzeiro
Em junho deste ano, Giovanni retornou ao Cruzeiro. Ele havia acabado de ser campeão catarinense no Avaí, mas o então treinador celeste, Mozart Santos, deu o aval para que a diretoria solicitasse o retorno do meia. No primeiro momento, como o UOL publicou à época, o jogador não pensava em retornar. Entretanto, acabou voltando e agora se sente em casa.
"O retorno me pegou de surpresa. No começo, eu não entendi por que eu não fiquei [na primeira passagem]. Em dois dias de trabalho, eu não fazia parte do sistema de jogo do treinador na época, o Felipe [Felipão], e fui embora meio sem entender o motivo. Não só comigo, mas com outros jogadores aconteceram [as mesmas coisas]. Realmente não esperava a minha volta, fui muito feliz no Avaí. Em pouco tempo que fiquei lá conseguimos o nosso objetivo, que era ser campeão catarinense. Fui muito feliz fazendo o gol do título contra a Chapecoense. Não esperava ter voltado, mas a partir do momento que voltei, meu foco veio direto para cá. Vestir a camisa do Cruzeiro é diferente. A partir do momento que eu vim, o foco veio totalmente para conquistar os nossos objetivos", conta.
Salários atrasados
Giovanni revelou detalhes importantes dos bastidores do Cruzeiro, que vive grave crise financeira e apresenta dificuldade para arcar com compromissos básicos, como os salários de atletas e funcionários. O próprio meia conta que diminuiu seu salário para acertar com a Raposa.
"Poucas pessoas sabem, mas para vir para o Cruzeiro até diminui o meu salário. É um grande clube e quando tive essa possibilidade de trabalhar aqui, não pensei duas vezes e abri mão de uma parte para vir para cá. Para estar em um clube que conquistou grandes títulos, jogar com grandes jogadores, como o nosso goleiro e capitão Fábio. Tinha o Léo [zagueiro], o Henrique [volante], que está voltando de um procedimento de cirurgia", comentou.
Respeito ao Cruzeiro
Na partida contra o Botafogo no segundo turno do Brasileirão da Série B, Giovanni teve uma discussão com o zagueiro Botafoguense Joel Carli. A imagem da TV mostrou bem o meia pedindo ao argentino "mais respeito com o Cruzeiro".
"Era uma discussão de jogo, coisas que discutimos com o adversário. Foi uma situação com o zagueiro deles, o argentino, [Joel] Carli. Ele fez uma insinuação, coisas de jogo um pouco desrespeitosas, e eu pedi a ele mais respeito com o Cruzeiro. Por que é um clube grande, clube que viveu e vive grandes histórias no futebol brasileiro. Os títulos que o Cruzeiro tem, tirando o eixo Rio-São Paulo, é difícil um time fora do eixo conseguir todos esses títulos, Copa do Brasil, Libertadores. E eu pedi mais respeito por causa do que ele insinuou. Tenho certeza que ele se arrependeu", conta.
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