Na semi da Copa do Brasil, Athletico testa credenciais de clube grande

O que define a grandeza de um clube? Títulos, torcida, estrutura, tradição, campanhas recentes? Tudo isso o Athletico Paranaense tem. O Furacão entra em campo para encarar o Flamengo, hoje (27), na semifinal da Copa do Brasil, de olho em um título que conquistou há pouco tempo, e para firmar posto no seleto grupo dos clubes considerados grandes no país.

A definição de clube grande é relativa. Ao longo do tempo, se estabeleceu um grupo de 12 equipes rotuladas de tal forma no Brasil. São eles: Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Santos, São Paulo, Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro, Atlético-MG, Inter e Grêmio. Mas se alguém pode balançar esse status, hoje, é o Athletico.

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Basta olhar para o passado recente que sobram motivos para colocar o Furacão entre os maiores do país. Suas conquistas vão além do Estadual, cuja taça levantou 26 vezes. A equipe da Arena da Baixada já conquistou o Brasileiro, a Copa do Brasil e a Sul-Americana. Além disso, chegou à final da Libertadores de 2005, sendo derrotado pelo São Paulo.

Nesta temporada, mantém o ritmo de presença firme no topo. Está na final da Sul-Americana contra o Red Bull Bragantino e disputa vaga na decisão da Copa do Brasil. No Brasileiro, campeonato que acabou deixado de lado pelo sucesso nos torneios de mata-mata, o time ocupa o 12ª posição, com 34 pontos.

Se a grandeza for atrelada a estrutura, novamente o clube se credencia para o seleto grupo dos maiores do país. Possui estádio próprio, a Arena da Baixada, com padrões internacionais. Além do Centro de Treinamentos do Caju, que abriga principal e categorias inferiores, considerado de alta qualidade. O clube, ainda, é referência na formação de atletas em sua base.

Atualmente, os feitos do Athletico Paranaense motivam novos postulantes a firmar posição no topo do futebol brasileiro. Bragantino e Fortaleza, por exemplo, caminham na esteira do Furacão.

O que pode questionar a grandeza do Athletico é, talvez, o tamanho de sua torcida. Ainda que seja o time com maior número de simpatizantes entre os paranaenses, com aproximadamente 1,5 milhão de aficionados (entre torcedores e pessoas que tem nele o segundo clube), o Athletico não figura entre as maiores torcidas do Brasil. Os dados foram divulgados por pesquisa do Ibope realizada em 2020.

Outra carência para firmar pé no grupo restrito dos maiores é tradição. Fundado em 1924, até 1995 o clube não tinha nenhuma conquista nacional. Até 2001 seus feitos fora do Paraná se limitavam a uma Série B e uma Seletiva da Libertadores.

Mas isso não quer dizer que o Athletico não tenha história. Ídolos do passado como Bellini e Djalma Santos vestiram a camisa vermelha e preta. Kléberson conquistou a Copa do Mundo com a seleção brasileira, convocado como jogador do Athletico. Santos, Weverton e Abner conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos da mesma forma.

Nesta quarta-feira, mais uma chance de fincar o pé na turma de cima se apresenta aos rubro-negros. No jogo de ida, a equipe comandada por Alberto Valentim empatou em 2 a 2 com Flamengo. Agora, depende de uma vitória fora de casa para avançar à final. Novo empate, independente do placar, leva a decisão para os pênaltis. Se perder, restará apostar tudo na Sul-Americana.