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Conmebol e Globo fazem acordo e encerram briga judicial da Libertadores

Emissora poderá, a partir de agora, entrar nas negociações para transmitir o torneio no pacote de 2023 a 2026 - Reprodução
Emissora poderá, a partir de agora, entrar nas negociações para transmitir o torneio no pacote de 2023 a 2026 Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

25/10/2021 15h20Atualizada em 25/10/2021 15h49

A Conmebol, entidade que comanda o futebol sul-americano, fez um acordo com a TV Globo e encerrou o processo em relação à rescisão contratual dos direitos de transmissão da Libertadores pela emissora.

O anúncio foi feito na tarde de hoje pela confederação, que disse que o "entendimento reforça o respeito que sempre pautou a parceria de longa data entre as instituições".

"Conmebol e Globo chegaram a um acordo e decidiram encerrar a arbitragem em curso na Suíça por conta da rescisão do contrato de direitos da Copa Libertadores de 2019 a 2022", escreveu a página.

Diante do fim do imbróglio judicial, a Globo está apta a entrar nas negociações para transmitir a Libertadores no pacote de 2023 a 2026. Além disso, o pacote de TV aberta ficou até o fim de 2022 com o SBT, e o de TV fechada é atualmente comercializado pela Conmebol TV.

Atualmente, o torneio é exibido pelo SBT na TV aberta e pelo Grupo Disney (Fox Sports e ESPN) na TV fechada. Há também pay-per-view da Conmebol TV e transmissões via Facebook.

Entenda o caso

No fim do ano passado, a Conmebol entrou com um processo contra a emissora pedindo indenização pela rescisão do contrato da Libertadores.

O valor da cobrança era o de todo o restante dos pagamentos do acordo de quatro anos: uma soma de pelo menos US$ 120 milhões (R$ 653 milhões na época). O caso parou em uma corte suíça.

A Globo tinha ganho os direitos dos jogos da competição em questão na TV Aberta e TV fechada - dividido com a Fox Sports - em concorrência feita pela Conmebol.

Este contrato era válido de 2019 a 2022, e o valor total era de US$ 60 milhões por ano. Em agosto de 2020, no entanto, a emissora comunicou para a Conmebol a rescisão após uma negociação para tentar reduzir os valores.

A alegação da Globo era de que o contrato previa rompimento no caso de paralisação do campeonato por força maior, o que ocorreu com a pandemia do coronavírus. A confederação entendeu, no entanto, que só poderia haver quebra do documento no caso de ela ser a culpada pela parada do torneio.