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OPINIÃO

Mauro: A história lá atrás era que 'com R$ 200 milhões era fácil'. Não é

Do UOL, em São Paulo

19/10/2021 04h00

O técnico Renato Gaúcho justificou o empate entre Flamengo e Cuiabá pelo Brasileirão, com a dificuldade diante de um adversário que jogou fechado. Mauro Cezar Pereira lembra que o treinador nos tempos de Grêmio também ganhou jogos atuando da mesma forma.

No podcast Posse de Bola #170, Mauro Cezar recorda a semifinal da Copa do Brasil de 2020, em dezembro do ano passado, e questiona por que o Cuiabá, com um elenco mais modesto não poderia jogar fechado.

"O Renato falando chega a ser engraçado. 'Não, porque o Cuiabá veio fechado'. Como é que o Renato eliminou o São Paulo da Copa do Brasil em 2020, em dezembro, no ano passado ainda? Com o Grêmio, com um elenco muito melhor do que o do Cuiabá, jogou em casa pela chamada uma bola: Diego Souza fez o gol, ganhou de 1 a 0, chegou no Morumbi, se retrancou, segurou o 0 a 0 e avançou para a final da Copa do Brasil. Foi assim, problema nenhum, é um direito dele. Agora, ele pode jogar assim e o Jorginho não pode com o Cuiabá que é um elenco mais modesto do que o Grêmio?", diz Mauro.

"Ele falou algo que vale para ele inclusive. Vale para todos os técnicos, salvo raras exceções aqui em nosso futebol, 'é muito mais fácil destruir do que construir'. Isso mesmo, Renato! Então construa. Faça o seu forte elenco construir mais e não ficar só jogando bola na área do adversário com um centroavante que, na verdade, é um zagueiro. É vergonhoso, os dois deveriam ter vergonha, o Cuca e o Renato", completa.

O jornalista também recorda outra declaração de Renato, em relação ao "elenco de R$ 200 milhões" na época em que Jorge Jesus era o técnico do clube rubro-negro.

"São profissionais muitíssimo bem pagos, com ótimos CTs, com ótimos profissionais a cercá-los, com elencos muito fortes para a nossa realidade, os melhores da América do Sul, salários em dia, todas as condições de trabalho, não falta nada, e lá atrás era a história 'com R$ 200 milhões é fácil'. Não é fácil não, não é todo mundo que é Jorge Jesus", diz Mauro.

"Foi uma vergonha o que Atlético-MG e Flamengo apresentaram nesse domingo para todo mundo ver. Futebol pobre, de técnicos sem capacidade de oferecer para as torcidas dos dois times aquilo que esses times deveriam oferecer pelos investimentos que estão nos dois elencos", conclui.

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