Topo

Roger se arrepende de postura no SPFC: 'Ficava feliz de não ser convocado'

Roger reclama de falta na partida entre Atlético-MG e Botafogo - Thomás Santos/AGIF
Roger reclama de falta na partida entre Atlético-MG e Botafogo Imagem: Thomás Santos/AGIF

Colaboração para o UOL

13/10/2021 14h45

Com passagens por Botafogo, Internacional e Corinthians, Roger viveu já no fim de sua carreira alguns de seus momentos mais marcantes no futebol. O ex-atacante, no entanto, diz se arrepender da postura que adotou no início de sua trajetória dentro das quatro linhas, quando atuou pelo São Paulo.

"Eu fico muito arrependido, porque eu fui contratado para ser substituto do Luis Fabiano. Eu fiz tudo errado, tudo errado, tudo que um atleta não tem que fazer. Não fui profissional, sabe? Às vezes eu ficava feliz quando não era convocado", revela em entrevista para o Charla Podcast.

Cria da Ponte Preta, o centroavante se transferiu para o São Paulo em 2005, onde conquistou a Libertadores daquele ano. Apesar da glória coletiva, Roger não foi capaz de brilhar individualmente com a camisa tricolor e acabou emprestado diversas vezes, até sua saída em definitivo do clube, em 2010, para o Kashiwa Reysol.

O ex-jogador confere seus erros de início de carreira à "falta de educação". "Eu sou filho de gente muito simples, não tive esse privilégio", comenta. Ele ainda afirma que, nos dias de hoje, o jogador que "bebe, perde hora e não guarda dinheiro" age errado "porque quer", já que o acesso à informação é facilitado.

Passagem pelo Botafogo e "quase" na Libertadores

Após a quarta de suas cinco passagens pela Ponte Preta, em 2016, Roger é contratado pelo Botafogo, onde experienciaria um dos melhores momentos de sua carreira. "Eu acho que foi um time que marcou a minha vida, sensacional. Eu tinha muito prazer em acordar cedo e ir pro Nilton Santos. Eu amava aquele vestiário".

No ano seguinte, 2017, o clube carioca viveria uma de suas melhores temporadas em anos: chegaria às semis da Copa do Brasil e às quartas da Libertadores. No torneio continental, seria eliminado pelo Grêmio, em confronto que, segundo Roger, teria resultado diferente se na época houvesse VAR. Ele aponta ter havido irregularidade no gol de Barrios, em Porto Alegre, que decidiu o confronto.

Roger comemora gol do Botafogo - Vitor Silva/SSPress/Botafogo - Vitor Silva/SSPress/Botafogo
Imagem: Vitor Silva/SSPress/Botafogo

"E eu tinha certeza que a gente tinha perdido pro campeão. E a chance de a gente ser campeão, cara, se a gente passa do Grêmio… porque a gente tava muito bem", relembra sobre o revés.

Apesar da relação de amor com o Botafogo, Roger viveu uma saída conturbada do clube, ainda em 2017. Mas o jogador diz que o rompimento naquele momento "não foi um erro". "Quando eu tive o tumor [no rim], simplesmente eu ouvi de um diretor da época que o clube não iria pagar a cirurgia porque eu não machuquei no campo. Eu fiquei muito triste na época com isso, porque eu achei que faltou carinho", revela o ex-atacante.

Passagem pelo Corinthians e relação com Andrés Sanchez

Depois de atuar pelo colorado, Roger ainda teria a oportunidade de "realizar um sonho de menino" e vestir a camisa do Corinthians, em 2018. Ele, que descreve a experiência como "o máximo", aponta que a torcida do alvinegro é "diferente" e que "apaixonada igual, não tem".

Em sua passagem pelo Parque São Jorge, Roger ainda afirma ter construído uma boa relação com Andrés Sanchez, a quem rasga elogios:

"Ele [Andrés] é top, o cara é maravilhoso. Foi um ano difícil, pra cair, ele nunca entrou no vestiário pra xingar, nada. Eu gosto dele, e ele gosta muito de mim, se não gostar eu vou ficar surpreso, porque eu mando mensagem, ele responde. Ele é o maior [dirigente com o qual já trabalhou]", completa o ex-atleta.