Antony cita ordem de Tite como decisiva para estrear com gol na seleção
Depois do deserto de ideias no primeiro tempo contra a Venezuela, que terminou com a seleção brasileira perdendo por 1 a 0, as tentativas de Tite de rearrumar o Brasil passaram pela aposta nos estreantes. Isso valeu tanto para Raphinha quanto para Antony. O terceiro gol, especificamente, que fechou o placar de 3 a 1 sobre os venezuelanos saiu após uma indicação de posicionamento do treinador, segundo Antony, que mandou a bola para a rede.
"Quando eu entrei, o Tite pediu para eu começar aberto e o Vinícius Júnior por dentro. Depois, ele mandou fazer essa troca e assumir o meio ali para quando pegasse a bola virasse de frente", explicou o meia-atacante.
Àquela altura, o Brasil já tinha passado pelo 4-4-2, sistema com o qual começou a partida e não rendeu, e migrado para algo mais similar ao 4-2-4. Com a entrada de Antony na faixa central, a estratégia mudou em relação ao período em que Gabriel Jesus estava em campo.
Na jogada do terceiro gol, leitura do espaço foi importante para ver a brecha dentro da área da Venezuela e aproveitar o passe de Raphinha.
"Começou em uma jogada combinada curta entre Gerson, Raphinha, Emerson e eu. Quando o Emerson tocou para o Raphinha, vi a movimentação do Gabigol no primeiro pau e vi que sobrou espaço na marca do pênalti. Fui feliz na movimentação e o Raphinha, na assistência. Deu tudo certo", avaliou Antony, que neste ano já comemorou a conquista do ouro olímpico em Tóquio.
Como novato, ele evitou criticar o setor criativo da seleção e tampouco se colocou como personagem principal. Nas entrevistas, tem repetido que veio para ajudar.
"Nem nos meus maiores sonhos imaginaria estrear dessa forma pela seleção principal", finalizou Antony.
Diante do que aconteceu em Caracas, resta saber como Tite armará a equipe para enfrentar a Colômbia, domingo (10), em Barranquilla. De todo modo, o Brasil tem a tranquilidade de ser o líder das Eliminatórias, com 100% de aproveitamento e oito pontos à frente da Argentina.
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