No sufoco, Atlético-MG empata em 2 a 2 com a Chape e amplia série invicta

Para quem acredita em lógica no futebol, o empate em 2 a 2 entre Chapecoense e Atlético-MG, na Arena Condá, pode servir de ensinamento. Se antes de a bola rolar o Galo, líder do Campeonato Brasileiro, era o grande favorito, mesmo repleto de desfalques, quando o árbitro deu o apito inicial, o panorama mudou. Para se ter ideia, o Alvinegro evitou a derrota para o lanterna já no final da partida.

Na próxima rodada, o Galo, primeiro colocado com 50 pontos, terá pela frente o Ceará. O duelo contra o Vozão está marcado para sábado (9), a partir das 16h30 (de Brasília), no Mineirão. Já a Chapecoense segue na luta contra a degola e encara o Internacional, domingo (10), no Beira-Rio.

Desfalques no Atlético-MG

Para o confronto pela 24ª rodada, o técnico Cuca não pôde contar com os atacantes Diego Costa e Eduardo Vargas, entregues ao departamento médico, e Savarino, que aprimora a parte física em Belo Horizonte. Além deles, Alan Franco, Alonso e Arana também ficaram fora por estarem servindo as respectivas seleções nas Eliminatórias. Já Zaracho, suspenso, e Mariano, tratando de lesão muscular, também não estiveram à disposição.

Pedra no caminho

Antes de a bola rolar na Arena Condá, o Galo já sabia que não teria pela frente um adversário frágil, mesmo que ocupando a lanterna do Brasileirão. Além do empate em 1 a 1 no primeiro turno, no Mineirão, a Chape é uma pedra no caminho do Alvinegro. Para se ter ideia, dos últimos oito jogos, os mineiros haviam vencido apenas um.

Quem foi bem: Dylan

Aproveitando a oportunidade dada por Cuca, o meia Dylan Borrero, além do gol, se movimentou bastante durante a partida. Apesar de uma noite sem inspiração da equipe, o colombiano de 19 anos fez sua parte enquanto esteve em campo.

Quem foi mal: Hulk

Com jejum de cinco jogos sem balançar a rede (contando com o jogo desta quarta), o atacante atleticano não teve noite feliz em Chapecó. Pouco produtivo, ele não pôde ajudar o Galo a evitar o tropeço em Chapecó.

Primeiro tempo

Dono das ações nos primeiros 45 minutos, o Atlético-MG, apesar de ter tido mais volume, pecou na hora final. Além das finalizações ineficazes, o time comandado por Cuca tomou decisões erradas no último passe.

Além dos inúmeros desfalques, o líder do Brasileirão também teve o gramado como obstáculo. A chuva em Chapecó deixou o campo da Arena Condá mais pesado. Isso, inclusive, prejudicou os toques no chão, característica do time atleticano.

Os gols da primeira etapa

O primeiro gol saiu aos 18 minutos, dos pés do colombiano Dylan Borrero, acionado por Cuca como titular. Aproveitando rebote, o jovem de 19 anos teve calma para empurrar a bola para o fundo da rede e fazer seu segundo tento em 29 jogos pelo Galo. Curiosamente, o segundo na atual edição do Campeonato Brasileiro.

Dez minutos depois, veio o empate. Num carrinho bem aplicado, o atacante Geuvânio superou o goleiro Everson, mas não pôde correr para o abraço. O gol só foi assinalado após o Atlético-MG seguir o lance, balançar a rede e ter o tento anulado. Assim que a bola parou, o VAR ajudou na marcação e na validação do empate catarinense.

Virada da Chape

O gol da virada da Chape veio no segundo tempo. Aos 23 minutos, a bola bateu na mão do zagueiro Nathan Silva e o árbitro, sem consulta ao VAR, anotou a penalidade máxima. Na cobrança, Mike estufou a rede e fez o tento que colocou a Chape na frente do marcador.

Empate suado

Nos minutos seguintes, o Atlético-MG pouco fez para buscar o empate. Contudo, graças ao atacante Sasha, acionado na segunda etapa por Cuca, o líder não foi derrotado e ampliou a invencibilidade para 16 jogos.

FICHA DO JOGO:

CHAPECOENSE: Keiller; Matheus Ribeiro, Ignácio, Jordan e Busanello; Moisés Ribeiro (Lima), Renê Júnior (Ronei), Denner (Allan Santos); Geuvânio (Rodrigo Silva), Bruno Silva (Anselmo Ramon) e Mike. Técnico: Pintado

ATLÉTICO-MG: Everson; Guga, Nathan Silva, Igor Rabello (Sasha) e Dodô (Calebe); Allan, Jair (Tchê Tchê), Dylan (Nathan) e Nacho Fernández; Keno (Hyoran) e Hulk. Técnico: Cuca