O Paris Saint-Germain enfrenta hoje o seu principal adversário da fase de grupos da Liga dos Campeões em meio a uma polêmica em relação ao vestiário depois que Mbappé foi flagrado pelas câmeras reclamando que Neymar não o passava a bola, tudo isso em meio a uma temporada na qual o clube francês recheou seu elenco já estrelado e adicionou nomes como Messi, Sergio Ramos, Donnaruma e Hakimi.
No UOL News Esporte, Mauro Cezar Pereira comenta a situação de vestiário para o técnico Mauricio Pochettino resolver, lembra que ele teve sucesso no Tottenham em um time sem estrelas e destaca que agora é natural que ele tenha de trabalhar os egos em um ambiente com tantos atletas importantes.
"Pochettino é um bom treinador, foi vice-campeão europeu, ele reconstruiu o Tottenham, mas é uma situação diferente, ele reconstruiu um time que há muito tempo não chegava a lugar algum, com jogadores que não eram estrelas e agora tem que lidar com tantas estrelas, mas ninguém passa impunemente por uma reunião de astros", diz Mauro.
"Em qualquer área, se você chegar em um filme e colocar sete caras que estão acostumados a ter o nome em destaque no letreiro, como se dizia antigamente, o cara que é estrela de todos os filmes que ele faz, de repente ele divide com mais seis caras o protagonismo, eu imagino que esse set de filmagem deve ser um ambiente muito tranquilo né? O diretor não tem problema nenhum? Claro que tem, se você junta em qualquer atividade pessoas que estão acostumadas a ser protagonistas, que são destaques nas suas empresas, nos seus times, no caso, você vai ter uma guerra de egos, isso é inerente à reunião dessas pessoas, vai acontecer", completa.
O jornalista destaca que o caso também ganha proporções maiores muitas vezes pela forma que a imprensa internacional trata o tema, quando cabe a Pochettino e ao diretor Leonardo contornar internamente uma situação que é comum em elencos de estrelas.
"O técnico tem que resolver, o dirigente tem que estar atento, o dirigente ligado ao futebol que é o Leonardo, que contrata, que participa, que também não costuma ser um cara muito hábil nessas questões, já se envolveu em várias polêmicas com jogadores sob contrato, mas cabe a eles agora controlar isso tudo", diz Mauro.
"Faz parte desse processo, imaginar que esses jogadores vão viver harmonicamente, todos amiguinhos, claro que não, o cara quer jogar, então eu acho que é muito barulho por nada também. Entendo que seja um registro importante o desabafo do Mbappé, mas a maneira como a imprensa internacional trata isso, parece que é a terceira guerra mundial, eu acho um exagero. Talvez até se detestem, mas o importante é que dentro de campo eles funcionem e a história do futebol está repleta de jogadores que não se gostavam e que acabam muitas vezes dentro de campo se combinando", conclui.
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