Escassez de gols preocupa o Santos em confronto direto com o Juventude

O técnico Fábio Carille teve como primeira meta na chegada ao Santos a reorganização do sistema defensivo. Mas uma outra característica do time parece ser igualmente preocupante: a falta de habilidade de fazer gols. Para um time que luta para escapar das últimas colocações e teme um rebaixamento inédito no Campeonato Brasileiro, o desempenho ofensivo carece de correções urgentes. Hoje (26), às 16h, o Alvinegro praiano precisa vencer o Juventude, em Caxias do Sul (RS), para se afastar da degola.

Em 21 jogos no Brasileirão, o Santos fez apenas 20 gols. A artilharia é dividida entre Marinho e Marcos Guilherme, com quatro gols cada. São números que não condizem com o histórico do clube. O Peixe se julga dono de um DNA ofensivo e faz questão de sempre ressaltar o fato de ser o clube com o maior número de gols na história. São 12.758, segundo o contador em sua pagina oficial na internet.

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Os últimos três jogos, porém, mostraram um Santos bem longe de seu perfil goleador. Contra Bahia e Ceará, pelo Brasileirão, o Peixe finalizou 17 vezes, mas apenas duas vezes com endereço correto. Diante do Athletico-PR, as tentativas de gol chegaram a 20, mas igualmente o time de Carille terminou a partida em branco.

Os problemas ofensivos do Santos não são de agora. Em um retrospecto recente, o Peixe anotou apenas sete gols nas últimas 13 partidas, o que significa péssima média de 0,54 gol por jogo. Nesse período, o uruguaio Carlos Sánchez foi o artilheiro, com três gols, sendo dois deles em cobranças de faltas. Gabriel Pirani (2), Madson e um gol contra completam a relação.

Por essa lista, é possível observar que o ataque do Santos não tem contribuído com quase nada na tabela de artilheiros. Marinho, que foi o goleador do time na temporada passada, não balança as redes desde o dia 10 de julho, quando o Peixe perdeu para o Palmeiras por 3 a 2. Em 2020-2021, ele só marcou sete gols.

O último atacante do Peixe a marcar foi Lucas Braga, em 28 de julho, na vitória por 4 a 0 sobre o Juazeirense, pela Copa do Brasil. Ele, porém, ainda não anotou nenhum gol no Brasileirão. Marcos Guilherme é outro que vive um grande jejum. Seu último gol com a camisa alvinegra aconteceu em 17 de julho, no empate por 2 a 2 com o Red Bull Bragantino.

Nem os novos reforços começaram em ritmo de goleador. Léo Baptistão foi titular em três jogos, mas passou em branco em todos. Diego Tardelli atuou por poucos minutos na Copa do Brasil e também zerou. O antecessor deles é Kaio Jorge, que deixou o clube como principal goleador da temporada, com oito gols.

Se o Santos passar em branco contra o Juventude, hoje (26), às 16 horas, vai igualar sua pior marca na temporada. No fim de abril, quando a equipe era dirigida por Ariel Holan, ficou quatro jogos sem marcar: derrotas por 2 a 0 para o Barcelona-EQU, 1 a 0 para o Novorizontino, 2 a 0 para o Corinthians e 2 a 0 para o Boca Juniors. Essa sequência provocou a demissão do treinador argentino.

Para encarar o Juventude, em jogo que acontecerá no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), o Santos terá mudanças no sistema tático. Carlos Sánchez é a novidade no time titular. Com isso, Marcos Guilherme vai para o banco de reservas. Como o time seguirá atuando com três zagueiros, a tendência é que o lateral Felipe Jonatan tenha liberdade para atacar.

Com 24 pontos, o Santos começou a rodada em 14º lugar. O Juventude é quem abre a zona de rebaixamento, com um ponto a menos. Se perder em Caxias do Sul, o Peixe corre risco de dormir entre os quatro últimos colocados. Um triunfo no confronto direto, contudo, pode levar o time próximo à primeira metade da tabela de classificação.

FICHA TÉCNICA:

JUVENTUDE x SANTOS
Motivo: 22ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 26 de setembro (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Loca: estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS)
Árbitro: Jefferson Ferreira de Moraes (GO)
Assistentes: Cristhian Passos Sorence (GO) e Nailton Junior de Sousa Oliveira (CE)
VAR: Wagner Reway (PB)

JUVENTUDE: Douglas; Michel Macedo, Quintero, Vitor Mendes e William Matheus; Dawhan, Jadson, Wescley e Guilherme Castilho; Capixaba e Ricardo Bueno. Técnico: Marquinhos Santos

SANTOS: João Paulo; Danilo Boza, Emiliano Velázquez e Wagner Palha; Pará, Camacho, Carlos Sánchez, Jean Mota e Felipe Jonatan; Marinho e Léo Baptistão. Técnico: Fábio Carille