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Jorginho lembra zoeira de Romário e Renato Gaúcho por ser Atleta de Cristo

Jorginho e Romário foram parceiros de seleção brasileira por muitos anos - Reuters/REUTERS/Lucy Nicholson
Jorginho e Romário foram parceiros de seleção brasileira por muitos anos Imagem: Reuters/REUTERS/Lucy Nicholson

Leandro Miranda e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

24/09/2021 04h00

Uma das figuras mais conhecidas do movimento Atletas de Cristo, que reúne esportistas cristãos, o tetracampeão Jorginho revelou ao UOL que teve de aturar muitas piadas de ex-companheiros de time por causa de seu comportamento fora de campo —entre eles, Romário e Renato Gaúcho. O ex-lateral direito e hoje técnico do Cuiabá, uma das surpresas do Campeonato Brasileiro, contou essa história em uma entrevista ao Canal UOL que vai ao ar às 14h desta sexta-feira.

"Eu peguei um momento um pouco melhor, mas é claro que tive dificuldades, meus amigos tiravam muito sarro", disse o ex-lateral sobre a participação no movimento. "O Renato Gaúcho, por exemplo, tirava sarro demais, brincava. O Romário, na seleção, contava um monte de história, falava: 'Jorge, e se você encontrar uma mulher tal...'. Eu falava: 'tem que sair voado, porque não dá para ficar vendo, não'", riu.

Jorginho se converteu em 1986, aos 22 anos, quando, segundo ele, já havia uma maior aceitação no meio do futebol aos Atletas de Cristo. "Quem passou muita dificuldade foi João Leite (ex-goleiro do Atlético-MG), Baltazar (ex-atacante do Grêmio), que pegaram o início dos anos 80", relembrou.

O atual treinador do Cuiabá disse ainda que, se não tivesse se convertido, a relação com sua atual esposa provavelmente teria acabado. "Eu estava muitas vezes preocupado em sair com várias meninas, e já tinha uma noiva na época, que hoje é minha esposa, Cristina. Se eu não estivesse com Cristo, eu teria me separado, porque teria saído com outras mulheres e teria atrapalhado muito meu noivado."

Jorginho contou que chegou a ficar chateado com algumas brincadeiras, mas que sempre manteve sua postura firme. Ele diz que ainda arrumava um jeito de falar sobre sua fé para os colegas —mas, segundo ele, sem nunca se tornar "aquele cara chato". "Eu consegui, como a gente diz, evangelizar, falar de Deus para os companheiros, mas sempre com muito respeito, entendendo o momento. Nunca fui aquele cara chato, de pegar no pé. Sempre procurei ter sabedoria, ver o momento certo de falar, de comunicar, de orar pela pessoa".

Na entrevista ao Canal UOL, o ex-lateral da seleção fala do trabalho no Cuiabá, analisa as escolhas de Tite para a lateral direita e conta bastidores de sua passagem como auxiliar técnico de Dunga na Copa do Mundo de 2010.