Caboclo perde recurso na Câmara de Arbitragem em tentativa de voltar à CBF
O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, perdeu um recurso na Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (CBMA) na tentativa de derrubar uma decisão da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro que o tira do cargo por 60 dias.
A medida foi aplicada pela Comissão em um processo movido pelo diretor de tecnologia da informação da CBF, Fernando França, que acusa o dirigente de assédio moral e de ter pedido a ele para espionar e-mails e telefones de funcionários. Caboclo nega a acusação e entende que, sem essa punição adicional, ele já poderia ter voltado ao poder, enquanto a assembleia da CBF não referendasse o afastamento no processo movido pela funcionária que o acusou de assédio moral e sexual.
Na decisão que a CBMA proferiu hoje (21), a árbitra Paula Forgioni não concedeu recurso a Caboclo porque entendeu que o assunto que a defesa do dirigente levou ao órgão não diz respeito à causa inicial, segundo o UOL Esporte apurou.
Em agosto, Caboclo acionou a Câmara — que é uma instância de direito privado para a qual a CBF redireciona, estatutariamente, seus litígios — com objetivo de suspender a convocação da assembleia geral convocada para o dia 25. Segundo o Código de Ética da CBF, a assembleia composta pelas 27 federações precisa deliberar sobre sanções aplicadas a dirigentes eleitos, como o caso do presidente.
No primeiro momento, o argumento de Caboclo encontrou suporte na decisão da árbitra, diante do entendimento que a reunião entre as federações tinha como objetivo deliberar sobre a punição que a Comissão de Ética viria a aplicar. Só que a convocação veio antes mesmo da decisão final — em tese, não se sabia se Rogério Caboclo seria punido pela denúncia de assédio contra uma funcionária.
O entendimento proferido hoje às partes, a árbitra apontou que não deveria extrapolar os limites objetivos fixados pela petição inicial — ou seja, algo que envolva diretamente a marcação da assembleia. A CBMA ainda disse que não deve funcionar como um "plantão judicial", mas julgar o pedido original do processo.
Se a defesa de Caboclo quiser, pode abrir outro procedimento emergencial na CBMA para reclamar do afastamento.
No primeiro processo ao qual responde na Comissão de Ética, Caboclo foi condenado a 21 meses de afastamento da presidência da CBF. A entidade, inclusive, marcou hoje (21) a assembleia geral para o dia 29, cumprindo o prazo previsto no estatuto, tentando evitar qualquer contestação na própria CBMA.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.