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Reforçado Corinthians deixa Fagner como mais gosta: ser mais um do bando

O lateral direito Fagner, em ação durante treino do Corinthians - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O lateral direito Fagner, em ação durante treino do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Thiago Braga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/09/2021 04h00

Com mais de 400 jogos com a camisa do Corinthians, é inegável a importância de Fagner no elenco atual do Timão. Apesar de ser um dos jogadores mais importantes da história recente do clube, o lateral direito se vê mais como um facilitador para que seus companheiros possam ter ótimo desempenho em campo do que como o principal líder do grupo alvinegro.

A chegada ou volta de gente como Renato Augusto, Giuliano e Willian, nesse sentido, o devolve ao papel no qual se sente mais confortável. Tanto como voz no vestiário como em relação à sua influência na técnica do time.

"A minha importância é a mesma do menino que subiu por último da base. Todo mundo tem a sua importância no elenco. Não é porque sou o segundo com mais tempo de casa hoje que sou mais importante", relativizou o camisa 23.

Embora rejeite o posto de referência, o lateral também deixa escapar que isso não signifique que sua história pelo clube seja ignorada na hora em que precisar verbalizar o que pensa sobre o time.

Para ele, o tempo de casa gera uma convivência que o permite cobrar os companheiros, e ser cobrado, sem que nenhuma das partes fique melindrada.

"A amizade ajuda no ambiente. A cobrança existe. Eu acho que é muito mais fácil quando se conhece a pessoa há algum tempo. Dá para cobrar e a pessoa entender e vice-versa. Entender que é para o bem, para o bem da equipe. Essa amizade, precisamos trazer para esse lado. Ajudar no dia a dia", pontuou.

A história de Fagner com o Corinthians começou de maneira instável. Cria do "terrão", ele foi vendido pouco depois de sair das categorias de base, retornou por empréstimo antes de acertar em definitivo, em 2015. E durante quase todo este tempo, reinou absoluto na lateral do Timão. Mas agora o time trouxe João Pedro por empréstimo do Porto, de Portugal, e ainda tem o jovem Daniel Marcos querendo fazer parte em definitivo do elenco principal. Fagner, assim, vê uma concorrência inédita desde que chegou.

"Quando você tem dois ou três na mesma posição, um eleva o nível do outro. O que eu puder ajudar, vou ajudar da melhor forma possível. Porque assim, quem jogar sempre estará no melhor da forma", analisou Fagner.

A expectativa é que a chegada de Willian recoloque o Corinthians na luta por pelo menos uma vaga direta na fase de grupos na próxima edição da Libertadores. Fagner espera reeditar a parceria com Willian, que em 2006 durou apenas cinco partidas, diante de Fortaleza, Santa Cruz, Fluminense, Botafogo e Juventude.

"Qualidade do Willian é indiscutível, já vimos do que ele é capaz, o que ele fez, conquistou, qualidade, explosão, velocidade, mais maduro, vai agregar muito, sabe ler os espaços, espero que dê certo, tanto do meu lado quanto do Fábio, e pela motivação, jogador que quis vir, fez de tudo para estar aqui, vai fazer de tudo para valer a pena", finalizou Fagner, na espera de que agora a parceria seja bem mais longeva.

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