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Após euforia do Paulistão, SPFC fala em "ano de transição" com eliminações

Hernán Crespo, técnico do São Paulo, durante a partida contra o Fortaleza - DANIEL GALBER/UAI FOTO/ESTADÃO CONTEÚDO
Hernán Crespo, técnico do São Paulo, durante a partida contra o Fortaleza Imagem: DANIEL GALBER/UAI FOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Eder Traskini

Do UOL, em Santos (SP)

16/09/2021 04h00

O título do Paulistão conquistado em cima do Palmeiras, encerrando uma fila de nove anos, somado ao promissor início do trabalho de Hernán Crespo, fez o São Paulo sonhar alto em 2021, mas, duas eliminações depois, o discurso mudou: o ano, agora, é de transição.

A diretoria são-paulina sob a gestão de Julio Casares nunca escondeu os problemas financeiros vividos pelo Tricolor paulista. Desde o início da gestão, a ordem era diminuir a folha salarial e conter gastos. O título estadual, no entanto, elevou as expectativas de repetir o feito nas competições ainda por vir.

Não aconteceu. Em queda livre de produção, o time de Hernán Crespo, que já tinha sido eliminado da Libertadores, caiu também na Copa do Brasil na noite de ontem — nas quartas de final de ambas as competições e com derrotas contundentes na partida de volta.

Após o duro revés contra o Fortaleza no Castelão, a diretoria, que já vinha nos últimos dias propagandeando a tese de esta ser uma temporada de transição, reforçou essa mensagem em coletiva concedida pelo diretor de futebol Carlos Belmonte.

"Acredito que o São Paulo não fez um bom jogo hoje, mas o trabalho tem sido feito e temos convicção que nos trará resultados. É um ano difícil, de transição. Acredito que temos de continuar. Sabíamos que era um ano que trabalhávamos a remodelagem do elenco. Eu estou aqui representando o posicionamento do presidente. Nós da diretoria somos transparentes e corajosos, e temos coragem de dizer que continuamos com o Crespo. Não tínhamos dúvidas de manhã, e não temos dúvidas agora. O trabalho continua", disse Belmonte após a eliminação.

Minutos antes, o próprio Hernán Crespo já tinha usado o termo "ano de transição" e pediu confiança no elenco que conquistou o Paulistão, projetando uma vaga na Copa Libertadores de 2022.

"Muitas coisas mudaram. É um ano de transição, temos que passar por coisas difíceis para construir o próximo ano. Todos podemos falhar, cometer erros, mas também temos que saber como começou tudo. O que aconteceu no Paulistão foi algo fantástico, mas quando começou Brasileirão sabíamos que seria difícil manter o desempenho em três competições. Chegamos às quartas de finais, sabemos que que faltou maturidade para fechar as coisas, sobretudo no Morumbi", disse.

"Estamos com 19 rodadas no Brasileirão e temos a possibilidade de fazer uma segunda metade melhor e conquistar uma vaga na Libertadores. Sei que é muito difícil, mas eu acredito. No fim, vai ser um ano positivo com a vaga na Copa Libertadores. No fim, vamos olhar para trás e dizer: como foi esse ano? Ganhamos Paulistão, chegamos nas quartas da Libertadores e da Copa do Brasil e conquistamos uma vaga na Libertadores. Temos que lutar por um São Paulo melhor e conquistar essa vaga na Libertadores, que vai permitir ao clube construir um futuro melhor ainda mais rápido", disse o argentino.

Primeiro time fora da zona do rebaixamento do Brasileirão com 22 pontos, o São Paulo de Crespo terá um longo caminho para atingir o objetivo traçado pelo treinador. Se está um ponto acima do descenso, o primeiro dentro do G6, o rival Corinthians, soma sete pontos a mais do que o Tricolor paulista.

O time começa a nova caminhada neste domingo (19), às 16h, quando recebe o Atlético-GO no Morumbi, em duelo válido pela 21ª rodada do torneio nacional.

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