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Vasco vê pressão aumentar, e tem novo embate com a CBF nos bastidores

Jorge Salgado, presidente do Vasco, e Alexandre Pássaro, diretor executivo de Futebol - Rafael Ribeiro/Vasco
Jorge Salgado, presidente do Vasco, e Alexandre Pássaro, diretor executivo de Futebol Imagem: Rafael Ribeiro/Vasco

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

04/09/2021 11h00

Em meio à crise em campo e aos problemas nos bastidores, o Vasco se vê, novamente, em um embate com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), tendo como tema central a arbitragem. É o terceiro apenas em 2021, somando também a reta final da temporada passada. Após o empate com o Brasil de Pelotas, ontem (3), pela Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruz-Maltino viu o VAR apresentar novas falhas em São Januário, fez críticas à entidade máxima do futebol brasileiro e promete avaliar ações cabíveis.

Enquanto isso, a igualdade no marcador fez a pressão aumentar. Com o resultado, o time desperdiçou mais uma chance de encostar no G4 e, a cada rodada, a missão de conseguir o acesso à primeira divisão se tornar mais difícil.

Contra o Xavante, passou um filme na cabeça do torcedor cruz-maltino, e com o mesmo final nada feliz. Quando o jogo estava 1 a 0 para os visitantes, Daniel Amorim balançou a rede, mas a arbitragem apontou impedimento. O árbitro Alisson Sidnei Furtado chegou a colocar a mão no ouvido, movimento de quem se comunica com a cabide do VAR, mas recurso tecnológico não conseguiu determinar a linha do jogador e, desta forma, prevaleceu a decisão de campo.

Lance em que foi marcado o impedimento do atacante Daniel Amorim, do Vasco - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Em fevereiro, em um jogo com o Internacional, algo parecido já havia acontecido na Colina. Na ocasião, sob a alegação de que as linhas estavam "descalibradas", não foi possível determinar se Rodrigo Dourado estava ou não em posição regular — aquele gol abriu o placar do jogo em que o Colorado acabou vencendo por 2 a 0.

À época, o Vasco levou o episódio ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e tentou a anulação da partida, mas sem sucesso. O clube acabou rebaixado devido ao saldo de gols, empatado em pontos com o Fortaleza.

Mais recentemente, após a eliminação na Copa do Brasil, em duelo com o São Paulo, o diretor executivo de Futebol Alexandre Pássaro fez críticas ao árbitro Daronco e a Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem da CBF. "Queria saber a quem o Gaciba responde na CBF. Do jeito que está, acho que está liberado, sem ter interferência de ninguém".

Após o jogo com o Brasil de Pelotas, o técnico Lisca não escondeu a irritação com a arbitragem e classificou a anulação do gol como "erro grotesco", e ressaltou o fato de ter o VAR não ter funcionado. Pássaro, por sua vez, fez coro ao treinador, e prometeu que o clube vai estudar medidas.

"Vamos ver se vai ter alguém da comissão de arbitragem disponível na segunda-feira, com emenda de feriado, para resolver o problema do futebol brasileiro. Eu acho que não. Acho que devem estar com o feriado estendido e não poder a gente. Até porque, a agenda do presidente da comissão de arbitragem é invisível e muito ocupada, porque ninguém consegue falar com ele e nem marcar reunião", disse, em trecho do pronunciamento.

Pressão aumenta

O empate com o Brasil de Pelotas foi um balde de água fria nas pretensões do Vasco, que pensava em chegar à segunda vitória consecutiva — após bater a Ponte Preta — e encostar no G4. Novamente, o time mostrou falhas individuais em casa e ficou longe do primeiro pelotão.

Para Lisca, porém, o cenário não sofreu alterações e, agora, a equipe tem de trabalhar para conseguir o resultado positivo contra o Avaí, já nesta segunda-feira.

"O panorama é o mesmo. Precisamos de nove a dez vitórias. Precisávamos de dois a três empates. Hoje tivemos um empate. Claro que a frustração veio pelo resultado. Não pela luta dos jogadores, pela superioridade do Vasco, posse de bola, Passamos a noite inteira agredindo.", disse,

"É difícil, cara, mas temos que manter a cabeça no lugar e trabalhar as situações para segunda-feira. É muita conversa e ser bem assertivo. Temos que ter erro zero nos próximos jogos porque estamos em estado de emergência, e os erros nos atrapalham demais na busca dos resultados", completou.

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