Mauro Cezar: Argentinos estão quebrados e não é surpresa ter só River vivo
Assim como o futebol brasileiro, o argentino também conseguiu colocar seis representantes nas oitavas de final da Copa Libertadores. Porém, o Brasil leva agora ampla vantagem ao ter cinco dos oito clubes que ainda brigam pelo título do torneio, enquanto o River Plate é único clube "hermano" nas quartas de final — Olimpia (Paraguai) e Barcelona (Equador) fecham a lista.
No Fim de Papo Libertadores, Mauro Cezar Pereira recordou que, assim como a economia local, as equipes da Argentina estão sofrendo com a forte crise financeira, portanto, estão negociando os seus principais jogadores com rivais brasileiros para fechar as contas.
"Eles estão mais quebrados que os times daqui. A economia argentina há muito tempo está numa situação pior, e os clubes também. Você vê, por exemplo, o River Plate vender o Nacho Fernández para o seu rival desta fase, o Atlético-MG. O Zarachio, que era um dos principais jogadores do Racing também está no Atlético e nem titular é. Ou seja, apesar da pandemia, aqui no Brasil existem clubes que conseguem contratar jogadores que eles [argentinos] vendem para poderem pagar as contas", disse.
O comentarista do UOL Esporte analisou as quedas dos outros cinco clubes argentinos que haviam passado da fase de grupos e recordou as polêmicas de arbitragem do duelo Atlético-MG e Boca Juniores — o Galo eliminou os xeneizes nas penalidades.
"A eliminação do Boca foi de fato muito polêmica, especialmente o jogo de ida. Eu não concordo com aquela intervenção do VAR e por isso essa gritaria toda. Aqui até hoje se grita pelo [juiz Carlos] Amarilla pelo jogo Corinthians e Boca [oitavas de final de 2013], e os argentinos vão gritar por conta deste jogo também", apontou.
"O Defensa y Justicia é um time com investimento menor e pegou o Flamengo, quer dizer que não era o favorito, derrota normal. O Vélez [Sarsfield] acho que poderia ter passado, chegou a fazer 1 a 1 jogando em Guayaquil, mas tomou dois gols do Barcelona (...). O Vélez acabou caindo, no começo da competição era até o melhor time argentino no momento, liderava lá o campeonato e tudo mais. E o Argentinos Juniors enfrentou o River Plate, fez uma boa campanha na primeira fase, empatou em [Monumental de] Nuñez, mas perdeu jogando em seu estádio. Mas também o River era o favorito. O Racing é um dos piores times do Racing nos últimos anos, time muito enfraquecido, mudou mais de meio time em ralação à temporada passada. O São Paulo teve dificuldades aqui no Brasil, mas conseguiu vencer bem jogando em Avellaneda", analisou.
Mauro Cezar ainda recordou uma recente disputa nos bastidores entre São Paulo e River Plate, que chegou à Fifa, uma vez que o Tricolor acionou a entidade máxima do futebol para cobrar juros e multas pelos atrasos nas parcelas da venda dos direitos de Lucas Pratto, em 2018.
"Quando o River fez altos investimentos, quando contratou o Pratto do São Paulo, fez mais do que poderia, tanto que não pagava o Pratto e ficava naquele rolo, o São Paulo cobrando... Houve um momento que eles fizeram mais investimento, tiveram uma condição um pouco melhor quando a Superliga Argentina foi criada, mas agora o momento é bem delicado para todos os times de lá e eles sofrem ainda bastante. Os times brasileiros têm muito mais condições neste momento, apesar da pandemia", finalizou,
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