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Por que o Inter emprestou duas promessas para o Porto, de Portugal?

Peglow comemora arrancada pelo Porto, de Portugal - Reprodução/Instagram
Peglow comemora arrancada pelo Porto, de Portugal Imagem: Reprodução/Instagram

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

07/08/2021 04h00

Duas promessas da base do Internacional deixaram o clube sem ter atingido uma rotina de utilização no time principal. João Peglow, de 19 anos, e Léo Borges, de 20 anos, foram cedidos ao Porto, de Portugal, para atuar, inicialmente, na equipe B. Mas as razões para isso olham para o futuro e não são apenas financeiras.

Ambos os jogadores foram cedidos com cláusula de compra estabelecida. Se for aprovado e tiver direitos comprados, Peglow renderá 5 milhões de euros (R$ 30,8 milhões na cotação atual). Já Léo Borges tem cláusula de aquisição estabelecida em 4 milhões de euros (R$ 24,6 milhões na cotação atual).

Encarando um processo de recuperação financeira, poder receber R$ 55,4 milhões caso ambos fiquem na Europa já seria uma razão a ser considerada na equação que decidiu pela liberação dos jogadores. Mas a cifra importante não é a única em explicação.

Caso o atacante campeão do Mundial Sub-17 de 2019 pela seleção brasileira e o lateral campeão da Copa São Paulo de 2020 pelo Colorado regressem, a ideia é que estejam em um estágio mais avançado de sua formação.

Conhecido pelo bom trabalho de base, o futebol português costuma promover jogadores que acabam se destacando nos mais variados destinos. O Porto é um dos maiores clubes do país, cujo time B disputa a segunda divisão nacional. Peglow e Léo Borges estarão em atividade em um torneio de nível considerável.

Além disso, o processo também contempla crescimento profissional com ganho de experiência, rodagem e conhecimento de uma realidade diferente da que estavam habituados em Porto Alegre.

Os dois ainda terão, provavelmente, mais tempo de jogo por lá. No Inter, ambos concorriam com jogadores firmados em suas posições. Léo era reserva de Moisés e ganharia concorrência de Paulo Victor. Peglow disputava posto no setor ofensivo, congestionado por Yuri, Galhardo e Guerrero no comando de ataque, ou Taison, Boschilia, Mauricio, Caio Vidal, Patrick e Palacios na meia e pelos lados.

Ou seja, sob a ótica vermelha, ou o clube receberá uma quantia interessante em dinheiro, ou ainda terá de volta dois jogadores que ainda serão jovens, estarão mais experientes, com uma nova visão de futebol e em plena atividade.

O prazo para ambos é o mesmo. Tanto Peglow quando Léo Borges têm uma temporada para crescerem longe do Beira-Rio e darem retorno financeiro, ou técnico com regresso em novo estágio ao clube.

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