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Pec aponta efeito Lisca e vê Vasco 'com camisa' para duelo contra São Paulo

Gabriel Pec, meia do Vasco, no jogo contra o Guarani, pela Série B - Jorge Rodrigues/AGIF
Gabriel Pec, meia do Vasco, no jogo contra o Guarani, pela Série B Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Bruno Braz e Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/07/2021 04h00

Se o plano do Vasco é subir para a Série A e avançar na Copa do Brasil, o bom desempenho de Gabriel Pec é crucial para o time agora treinado por Lisca. É que o jogador de 20 anos, uma das crias na Colina, adquiriu protagonismo por ser o jogador vascaíno com mais partidas na temporada.

Vitalidade ele tem, até porque ganhou atenção especial em um processo de fortalecimento muscular. Hoje, no Morumbi, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, às 21h30, é um bom momento para mostrar mais serviço ao novo treinador — que estreou bem, com uma vitória por 4 a 1 sobre o Guarani. Pec conversou com o UOL Esporte antes do jogo contra um tricolor "bipolar": classificado na Libertadores, mas na zona de rebaixamento do Brasileirão.

"O São Paulo é um grande clube do futebol brasileiro. Se classificaram agora para as quartas de final da Libertadores e virão forte contra a gente. Temos que ter paciência, calma e fazer um bom jogo. O Vasco tem camisa, já ganhou essa competição e vamos fazer de tudo para buscar essa classificação", disse o meia.

O começo da era Lisca chamou a atenção. Pec já detectou um trabalho que mescla conceitos táticos e anímicos para fazer com que o Vasco atinja as metas para 2021. A recuperação da confiança do time é gradual.

"Já da para ver que ele é um cara sensacional. Brinca na hora que tem que brincar e é muito sério na hora dos treinos, jogos, de cobrar a gente. Ele está implementando a filosofia dele de trabalho, marcando a pressão, de ficar com a bola. Ele tem transmitido muita confiança pra gente, principalmente para os garotos da base. Lisca tem muita vibração no vestiário e acredito que isso passou muito para gente no jogo", avaliou Pec.

O meia assumiu a camisa 11 do Vasco depois que Talles Magno foi negociado com o City Group. O número é o mesmo de Romário, que tem estátua em São Januário. Pec tem ciência do peso da referência, mas pediu para assumir a camisa por ser o dia do aniversário dele e, na base, ter sempre jogado com ela.

Pec se vê no melhor momento desde que subiu ao profissional. Ganhou massa muscular, mudou alimentação e considera que está mais apto para as divididas. Os gols não são muitos — seis em 30 jogos na temporada. Mas o meia já sabe o que é balançar as redes na edição atual da Copa do Brasil, pois anotou um na segunda fase, contra o Tombense. De todo modo, o trabalho estará bem feito se ele alimentar o artilheiro Cano.

"A gente conversa muito durante o jogo e combinamos jogadas para as partidas. Ele me ajuda muito com orientações, explicando como eu posso encontrá-lo dentro da área. É um cara que admiro muito e é nossa referência", contou o meia, que, de todo modo, não perde o apetite por balançar mais as redes:

"Infelizmente, nos últimos jogos a bola não entrou, mas consegui servir meus companheiros com assistências e isso foi muito importante para a equipe. É claro que quero marcar e vou trabalhar para aprimorar cada vez mais esse fundamento".

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