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Sornoza pede penhora de receitas do Corinthians por dívida de R$ 565 mil

Sornoza encara a marcação do Ceará durante partida do Corinthians na Copa do Brasil - RICARDO MOREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Sornoza encara a marcação do Ceará durante partida do Corinthians na Copa do Brasil Imagem: RICARDO MOREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Thiago Braga e Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

24/07/2021 04h00

Os representantes do equatoriano Junior Sornoza cobram na Justiça a penhora das receitas de patrocínio e direitos de transmissão do Corinthians. O meia, atualmente emprestado ao Independiente del Valle, do Equador, não recebeu o pagamento de seus direitos de imagem. Segundo os advogados do atleta, o Alvinegro deve R$ 565 mil. Em sua defesa, o clube do Parque São Jorge alega que os valores são indevidos e pede a extinção da dívida.

O pedido de Sornoza será analisado pelo juiz Fábio Rogério Bojo Pellegrino, da 1ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé e uma decisão deve sair nos próximos dias. Os advogados do atleta alegam que o Corinthians é um mau pagador e, para reforçar o pedido de penhora, cita as verbas pagas ao clube pela FPF (Federação Paulista de Futebol), CBF (Confederação Brasileira de Futebol), TV Globo e também todas as empresas patrocinadoras do Alvinegro.

Contratado pelo Corinthians em janeiro de 2019, Sornoza assinou um contrato válido por quatro temporadas. No documento, o clube do Parque São Jorge se comprometeu a pagar R$ 960 mil, divididos em quatro parcelas anuais, pela cessão dos direitos de imagem do atleta. O Alvinegro pagou apenas a primeira parcela, referente ao ano de estreia do meio-campista, no valor de R$ 240 mil.

Nos dois anos seguintes, Sornoza não fez parte do elenco do Corinthians e acabou sendo emprestado. Na última temporada, o jogador atuou pela LDU, de Quito, depois pelo Tijuana, do México, e agora voltou ao Equador para defender o Independiente del Valle. Como o atleta não estava no CT Joaquim Grava, a diretoria corintiana não realizou os pagamentos das parcelas de 2020 e 2021.

Os advogados do meia entraram na Justiça, cobrando o pagamento da dívida que já chegou aos R$ 565 mil. Em sua defesa, o Corinthians alega que não pôde comercializar os direitos de imagem de Sornoza nos dois últimos anos, visto que o atleta passou a atuar por outros clubes e, portanto, não poderia vincular as marcas de seus patrocinados à imagem do meio-campista.

Tanto o pedido de penhora, como o da extinção da dívida, ainda não foram julgados. Caso o Corinthians perca a causa, as contas do clube serão investigadas e, posteriormente, penhoradas até que os débitos devidos a Junior Sornoza sejam pagos.

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