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Sylvinho reconhece 2º tempo ruim e lamenta derrota do Corinthians: 'Triste'

Sylvinho perdeu sua quarta partida em sete jogos disputados na Neo Química Arena  - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
Sylvinho perdeu sua quarta partida em sete jogos disputados na Neo Química Arena Imagem: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

17/07/2021 22h20

O Corinthians conheceu hoje (17) sua terceira derrota em casa no Campeonato Brasileiro. Diante do Atlético-MG, o Alvinegro saiu na frente, mas levou a virada em noite inspirada de Hulk. O técnico Sylvinho reconheceu que a atuação de sua equipe no segundo tempo da partida foi determinante para o resultado e externou sua tristeza pelos pontos perdidos.

"Tivemos um bom primeiro tempo, anulando jogadas importantes do nosso adversário. Trabalhamos para anular essas situações e ter a nossa oportunidade de gol em transições rápidas, foi o que nós conseguimos. No segundo tempo não é que baixamos o ritmo, é que o aspecto físico é normal e o jogo vai abrindo, os espaços vão aparecendo. O Atlético colocou mais qualidade no jogo, o Cássio fez duas defesas muito boas, mas sofremos o gol de falta. Depois do empate nos faltou um pouco mais de força para buscar o resultado. Tivemos a chance concreta com o Jô, que deu na trave. Em seguida, tomamos o segundo gol, é um resultado triste", analisou o comandante do Corinthians em coletiva de imprensa.

No primeiro tempo, o time da casa conseguiu encaixar a marcação no meio de campo e fez um jogo competitivo, tanto que foi para o intervalo vencendo com um gol de Gustavo Mosquito. No entanto, na segunda metade do jogo, o técnico Cuca mandou o Atlético-MG ao ataque e o Corinthians ficou encolhido em seu campo de defesa. A estratégia montada por Sylvinho foi apostar nos contra-ataques, mas a tática não deu certo.

"A transição era a forma mais eficaz que tínhamos para percorrer 50 ou 60 metros e jogar no campo adversário. Isso é um esforço que no segundo tempo começa a ficar mais difícil. Algumas vezes você precisa sair com um contra-ataque construído e em outras vocês tem uma transição em amplitude pelo lado do campo. Era essa a estratégia, mas nem sempre se consegue", voltou a lamentar Sylvinho.

Com o resultado, o Corinthians estaciona nos 14 pontos ganhos agora em 36 disputados. O Timão segue na segunda metade da tabela e deve se distanciar do grupo dos classificados para as competições internacionais do ano que vem, já que ainda nem sequer metade da rodada foi disputada.

O próximo jogo do Alvinegro do Parque São Jorge acontece na segunda-feira (26), diante do Cuiabá, no Pantanal. Até lá, o elenco tem uma semana cheia para treinar no CT Joaquim Grava e consertar os erros cometidos nesta noite na Neo Química Arena.

Confira outros trechos abordados com Sylvinho na coletiva de imprensa:

Sobre a chegada de Giuliano

''É um atleta que eu já conheço, todo mundo conhece aqui no Brasil, tem uma carreira no exterior, esteve na Seleção Brasileira em jogos pontuais. É um grande jogador, se apresentou e a partir de segunda-feira (19) deve estar conosco em um período de treinamento. Ele vem de um período de férias e a regularização do atleta é só a partir de agosto. É um atleta de alta performance, que vem para ajudar bastante em todos os sentidos''.

Sobre a escolha de Roni como titular

''Tivemos uma construção de três meias porque o Cantillo sai jogando bem e dita o ritmo técnico do nosso time. São atletas jovens, que estão maturando, conversamos diariamente com ele. Entendemos que o Vitinho vem de uma carga alta, uma minutagem alta e, independente da semana ser aberta, o atleta precisa do seu tempo. A volta do Roni foi para dar consistência no meio de campo. Temos alternado esses atletas, alguns outros que ainda não fizemos. Nomes vão chegando e vamos buscando o encaixe. A volta do Roni é isso. Um primeiro tempo muito bom, um segundo tempo menos, já que o adversário nos colocou no campo de defesa, um adversário bastante qualificado''.

O Corinthians sobe de patamar após reforços?

''Já comentamos um pouco sobre o Giuliano. Pensamos jogo a jogo, nossa função desde que chegamos falamos na construção de um time. É um campeonato bastante difícil, de muitas viagens, muitos jogos e temos que ir jogo a jogo. Esse é o nosso caminho e é o que nós pensamos''.

Sobre aproveitamento do Corinthians na Neo Química Arena

''Me incomoda. Estamos passando por um momento muito difícil: pandemia e estádios vazios. Uns sentem mais, outros sentem menos. É óbvio que estamos sentindo mais. A gente trabalha para reconduzir isso e trazer a força do nosso estádio e do nosso torcedor. Temos que buscar formas de somar pontos em casa, também é bem verdade que alguns adversários são de alto nível, estão brigando por coisas importantes e a qualidade do adversário também importa nesse percentual. Sentimos falta do nosso torcedor, que nos empurra, mas temos de fazer mais''.

Sobre marcação em Hulk

''É uma falta que ainda não tive a oportunidade de ver, ela passou no único lugar que não tinha mesmo a mínima condição do Cássio chegar. No segundo gol, mesmo com a perna direita, ele foi eficaz e fez o gol. É um atleta de grande nível, um atleta internacional que fez sua carreira e continua fazendo com muita força física. É um atleta diferente''.

Sobre semana cheia

''Trabalhamos com semana cheia e trabalhamos a estratégia contra o Atlético-MG. O trabalho foi em cima de alternativas, de aumentar as possibilidades que tínhamos de ganhar em casa e, obviamente, diminuir as de derrotas. Primeiro tempo bom, anulamos o adversário naquilo que tinha de ser feito, e no segundo tempo apareceram problemas para nós''.

Sobre substituições

''A gente tenta potencializar ao máximo o time em algumas trocas, volto a dizer que, muitas vezes, não são cinco substituições que vão melhorar o time. Existe uma organização, existe o entendimento desses atletas. O cansaço de um atleta ou de outro, uma substituição que poderíamos fazer. Não busco comparação com o adversário, entendo que tenho que me preocupar com o Corinthians e potencializar o time''.

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