Topo

Ceará segura o melhor ataque do Brasileirão e empata com o Bragantino

Colaboração para o UOL, em São Paulo

01/07/2021 17h55

Red Bull Bragantino e Ceará fizeram uma partida sem gols e com poucas emoções na tarde desta quinta-feira (1º). Pouco exigidos, os goleiros quase não se movimentaram e tiveram que aguentar o frio no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Foi a primeira vez que o time paulista, líder e dono do melhor ataque com 17 gols, passou em branco no Brasileirão.

O resultado do duelo da oitava rodada mantém o Massa Bruta na ponta, agora com 18 pontos ganhos. No entanto, o Athletico, vice com 16, tem um jogo a menos. Já o Vozão fica no meio da tabela, sendo o 11º colocado, com 10 pontos.

As duas equipes voltam a campo pela nona rodada do Brasileiro neste domingo, às 18h15. Os cearenses recebem o Juventude na Arena Castelão e o Bragantino vai até o Morumbi para duelar com o São Paulo.

Ruim para os dois lados

Na saída de campo, os jogadores mostraram que ninguém ficou feliz com o ponto conquistado. O atacante Ytalo apontou que o Bragantino repetiu os erros da vitória contra o Atlético-GO por 1 a 0 e também não conseguiu criar chances de gol. "Acho que a gente foi um pouco abaixo do que vem fazendo Já tinha sido abaixo no jogo contra o Atlético-GO, em termos de conclusão em gol, tocamos muito a bola, mas criamos grandes chances. Agora é trabalhar para o próximo jogo", disse ao Premiere.

Por outro lado, o zagueiro Messias elogiou a atuação Ceará, apesar de estar descontente com o resultado. "A gente veio na intenção de ganhar, não de levar um ponto. Isso não nos deixa triste, mas queríamos mais. Essa é a sensação que eu fico. É sempre importante pontuar, ainda mais fora de casa diante do líder do campeonato. Acredito que esse ponto vai nos ajudar muito lá na frente, temos que valorizar. Não faltou empenho, tivemos oportunidade, mas infelizmente os três pontos não vieram", avaliou ao Premiere.

Ritmo baixo

Pouco aconteceu até o intervalo do confronto. O Ceará veio até Bragança Bragança fechado. O time da Red Bull, líder do campeonato, também não estava em seus melhores dias. Rodou muito a bola, chegando pouco ao gol defendido por Richard. O primeiro tempo terminou com os donos da casa tendo 69% de posse de bola e sem nenhuma defesa de ambos os arqueiros.

As duas equipes voltaram com mais atitude dos vestiários. O time da casa conseguia, enfim, chegar à meta adversária, enquanto os visitantes não abdicaram de frequentar o campo de ataque, como tinham feito na primeira etapa. Mas o ritmo voltou a cair na metade final, após as trocas realizadas pelo técnico Guto Ferreira. Mais conformado com o resultado do que os mandantes, os cearenses souberam se fechar sem levar grandes sustos, para levar um ponto na bagagem.

Chance só no comecinho

Apostando em contra-ataques, o Ceará conseguiu uma boa chance somente no primeiro minuto da partida. Saulo Mineiro saiu do meio-campo e avançou com a bola até entrar na área, quando Natan se recuperou na jogada e conseguiu desarmar o atacante. O bandeira assinalou impedimento, porém o atacante do Vozão estava atrás da linha que divide o campo no momento do passe e, se saísse o gol, provavelmente, o VAR validaria.

Nos outros 44 minutos, nenhum lance de grande perigo aconteceu. Claudinho limpou bem a jogada, mas pecou na finalização aos 16 minutos. O time da casa trocava passes no campo de ataque sem definir as jogadas, tornando o goleiro Cleiton apenas um espectador privilegiado do embate.

Toma caneta, dá chapéu

No primeiro tempo, Lima deixou as pernas abertas e tomou uma linda caneta de Claudinho. Mas o meia do Vovô não deixou barato o lance, e quem pagou a conta foi Helinho. Aos 7 minutos, ele aproveitou a bola alta no meio-campo para dar um lindo chapéu no atacante do Red Bull Bragantino.

A primeira defesa

Cleiton precisou trabalhar pela primeira vez somente aos 7 minutos da segunda etapa. O goleiro foi exigido por Fernando Sobral. A jogada começou com o meia do Ceará recebendo boa bola da esquerda, deixando o zagueiro Fabrício Bruno na saudade e batendo firme para o gol.

Pressão em casa

Depois dos 20 minutos da segunda etapa, enfim, o Bragantino conseguiu transformar a posse de bola em perigo ao adversário. O melhor lance saiu dos pés de Artur, que obrigou Richard a se esticar todo para evitar que o placar fosse inaugurado.

Trocas esfriam jogo

O técnico Guto Ferreira, que já tinha feito uma alteração no Ceará, fez mais três quando percebeu a melhora do Massa Bruta na partida. Barbieri tentou esquentar a partida novamente com a entrada de Eric Ramires, contudo o ritmo voltou a cair no estádio Nabi Abi Chedid.

Com as mudanças, a equipe alvinegra conseguiu segurar um pouco mais a bola e evitou qualquer pressão do clube de Bragança nos minutos finais. A exceção foi aos 50 minutos, quando Pedrinho estava sozinho, na pequena área, mas finalizou sem direção e jogou para fora a chance do Bragantino vencer a partida após um cruzamento rasteiro vindo da ponta direita.

Cabeça quente

Nem mesmo os 14º C que faziam em Bragança Paulista no final da segunda etapa foram capazes de esfriar a cabeça de Cléber. O atacante do Ceará entrou aos 25 minutos e, com apenas dois minutos em campo, levou o amarelo por um empurrão desnecessário em Fabrício Bruno. Aos 45, ele deixou o braço mais uma vez, desta vez no rosto em Raul, em um lance no meio de campo e foi expulso.

Ficha técnica

BRAGANTINO 0 x 0 CEARÁ
Data: 01/07/2021
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP);
Hora: 16h (de Brasília)
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ);
Auxiliares: Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ) e Luiz Claudio Regazone (RJ).
VAR: Caio Max Augusto Vieira (RN).

Cartões amarelos: Raul (BGT); Bruno Pacheco, Marlon, Cléber (CEA).
Cartão vermelho: Cléber (CEA)

Bragantino: Cleiton, Aderlan, Fabrício Bruno, Natan e Edimar; Raul (Chrigor), Lucas Evangelista (Eric Ramires) e Claudinho; Artur, Helinho (Pedrinho) e Ytalo. Técnico: Maurício Barbieri

Ceará: Richard, Buiú, Messias, Gabriel Lacerda (Jordan) e Bruno Pacheco; Fernando Sobral, Marlon (Pedro Naressi), Lima (Kelvyn), Vina (Jorginho) e Mendoza; Saulo Mineiro (Cléber). Técnico: Guto Ferreira.