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Vem, Richarlison! Atacante se especializa em descomplicar jogos na seleção

Richarlison durante partida do Brasil contra o Peru, pela Copa América; ele tem 28 jogos com a Amarelinha - Lucas Figueiredo/CBF
Richarlison durante partida do Brasil contra o Peru, pela Copa América; ele tem 28 jogos com a Amarelinha Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Danilo Lavieri e Gabriel Carneiro

Do UOL, em Goiânia

27/06/2021 04h00

Já classificada em primeiro lugar do Grupo B da Copa América com uma rodada de antecedência, a seleção brasileira cumpre tabela hoje (27), às 18h, no estádio Olímpico de Goiânia, contra o Equador. Nem faz muito tempo que esse adversário esteve no caminho: foi no começo do mês, na vitória por 2 a 0 pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar.

Naquele dia, o primeiro gol do Brasil foi marcado só aos 19 minutos do segundo tempo —o jogo no Beira-Rio já começava a se encaminhar para um empate que, com certeza, geraria críticas à equipe. Mas Richarlison abriu caminho para a vitória e mostrou o exemplo mais recente de por que se tornou um "descomplicador" de jogos da seleção, alguém que ajuda a tirar do sufoco.

O "pombo" tem dez gols marcados pela seleção, todos depois da Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Na Copa América que se aproxima do mata-mata ele fez contra o Peru, na segunda rodada (veja a partir de 3min08).

O mais importante destes gols foi na final da Copa América de 2019, contra o Peru. Porém, outros quatro também tiveram algum caráter decisivo: o da vitória por 1 a 0 sobre Camarões; os que abriram o placar das vitórias por 2 a 0 sobre Qatar e Equador; e o que tirou a vantagem do Peru no que se transformou num 4 a 2 de virada, no ano passado, nas Eliminatórias. Em todos esses momentos de dificuldade, foi ele quem ajudou a decidir a favor do Brasil.

Hoje, sua escalação como titular não foi confirmada pelo técnico Tite. Mas há um indicativo: ele formou o ataque no último treino de preparação com Neymar, que começou jogando nas cinco partidas deste mês, e Vini Jr, que atuou só nove minutos na Copa América e tende a ser observado por mais tempo nesta rodada final da fase de grupos. Além disso, a frequência e versatilidade do camisa 7 também são argumentos.

Richarlison - Lucas Figueiredo/CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Richarlison no treino da seleção de ontem (26)
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Richarlison foi titular em quatro dos cinco jogos de junho e quase sempre jogando muito tempo: 93 minutos contra o Equador, 82 diante do Paraguai, 66 contra a Venezuela e 78 contra a Colômbia. Até quando a seleção enfrentou o Peru sem que ele fosse titular foi mais de um tempo em campo: 51 minutos. O atacante também se tornou um jogador fundamental porque pode fazer mais de uma função e isso facilita na organização do ataque.

Dentro da estrutura básica de jogo já conhecida, o camisa 7 pode jogar por fora, como ponta (como foi contra o Paraguai), ou por dentro, como um dos centroavantes (como foi diante da Venezuela). Tite gosta da sua força e poder de chegada, além do fato de ele "atacar espaço", que no linguajar do futebol é quando um jogador se posiciona, se projeta à frente, para que o time tenha mais uma opção de passe durante o ataque. O treinador acredita que é do lado esquerdo e como centroavante onde o atacante mais produz.

Relembre os gols de Richarlison pela seleção:

11/09/2018 - Brasil 5 x 0 El Salvador (fez o segundo e o quarto gols)
20/11/2018 - Brasil 1 x 0 Camarões (fez o único gol)
05/06/2019 - Brasil 2 x 0 Qatar (fez o primeiro gol)
09/06/2019 - Brasil 7 x 0 Honduras (fez o sétimo gol)
07/07/2019 - Brasil 3 x 1 Peru (fez o terceiro gol)
13/10/2020 - Peru 2 x 4 Brasil (fez o segundo gol)
17/11/2020 - Uruguai 0 x 2 Brasil (fez o segundo gol)
04/06/2021 - Brasil 2 x 0 Equador (fez o primeiro gol)
18/06/2021 - Brasil 4 x 0 Peru (fez o quarto gol)

FICHA TÉCNICA
BRASIL x EQUADOR

Competição: Copa América, 5ª rodada
Local: estádio Olímpico de Goiânia, em Goiás
Data/hora: 27 de junho de 2021 (domingo), às 18h (de Brasília)
Árbitro: Roberto Tobar (Chile)
Assistentes: Christian Schiemann e Claudio Rios (ambos do Chile)
VAR: Julio Bascuñán (Chile)

Brasil: Alisson; Emerson, Éder Militão, Marquinhos e Renan Lodi; Fabinho e Douglas Luiz; Everton Ribeiro, Richarlison, Neymar e Vini Jr. Técnico: Tite.

Equador: Hernán Galíndez; Angelo Preciado, Arboleda, Hincapié e Estupiñán; Jeghson Mendez e Moisés Caicedo; Gonzalo Plata, Ángel Mena e Ayrton Preciado; Enner Valencia. Técnico: Gustavo Alfaro.