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Pássaro admite Vasco "abaixo do esperado", cobra resultados e elogia Cabo

Alexandre Pássaro, diretor executivo de Futebol do Vasco - Reprodução / Vasco TV
Alexandre Pássaro, diretor executivo de Futebol do Vasco Imagem: Reprodução / Vasco TV

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

25/06/2021 21h43

O início ruim do Vasco na Série B do Campeonato Brasileiro colocou elenco, comissão técnica e diretoria sob pressão da torcida. Diretor de futebol do Cruz-Maltino, Alexandre Pássaro se pronunciou na noite de hoje (25), dia seguinte à derrota para o Cruzeiro, e admite que o desempenho, até aqui, foi abaixo do esperado. Porém, ele aposta em uma melhora e ressalta que há ainda muitas rodadas para o término da competição.

O dirigente garante que o clube avalia os fatores que vem causando a oscilação em campo. Até aqui, o Cruz-Maltino tem duas vitórias, um empate e três derrotas. Com sete pontos, encontra-se apenas na 10ª colocação.

"Os fatores que causam essa oscilação do Vasco neste início de Série B é exatamente o que a gente busca a todo momento aqui no CT. A gente dorme e acorda pensando nisso. O que a gente tem entendido é que o Vasco não tem uma sequência de bons resultados, ainda não conseguimos essa sequência importante para se fixar de vez na parte de cima da tabela, mas, por outro lado, não tem tido uma sequência de resultados negativos, que evidenciaria ainda mais uma necessidade melhor e um cenário catastrófico. Apesar de os resultados de momento não estarem condizentes com a expectativa e necessidade de todo mundo, temos de entender que o que passou foi 1/7, e que o Vasco, embora abaixo da expectativa, tanto de performance quanto de resultado, está a três pontos do G4. Nos próximos quatro jogos, temos três em casa. Esperamos que, neste quatro jogos, possamos fazer pontos suficientes para apagar esse começo ruim", disse.

Pássaro aponta que o foco do time está no jogo contra o Brusque, mas coloca a sequência dos próximos cinco jogos como essencial para o time se recuperar na competição e deixar os resultados negativos para trás.

"A competição de pontos corridos é exatamente ter uma média aceitável, e dentro dos parâmetros aceitáveis, no nosso caso, para subir para a Série A. Hoje não temos esse parâmetro e a gente busca ter. Então, a gente vai, a todo momento, entender que esse bloco de seis jogos que já passou, tivemos um desempenho abaixo do esperado, que nos causou bastante decepção. Não estamos satisfeitos, assim como torcida não está, diretoria não está, jogadores não estão. Sabemos que estamos devendo, principalmente pontuação no campeonato, mas entendemos que tem mais 32 rodadas, mas estamos pensando na próxima rodada, contra o Brusque. Para que possamos entender que na sequência de quatro, cinco jogos, podemos ter um desempenho suficiente para equilibrar o começo ruim no campeonato, precisamos fazer um bom resultado contra o Brusque, contra o Goiás, contra o Confiança, Sampaio Correa, e assim por diante", indicou.

"A gente sabe que estamos abaixo. Ninguém está achando satisfatório. Por isso temos nos cobrado, eu não me eximo de culpa e responsabilidade. Mas sabemos que temos muita coisa para rolar e o quanto antes pudermos engatar uma sequência, mais distante vai ficar esse início ruim", completou.

Apesar das críticas da torcida ao trabalho do técnico Marcelo Cabo, o diretor-executivo apontou não ver uma troca de treinador como produtiva. Porém, avisou que "ninguém vai arriscar resultado e tabela em troca de um ideal de manutenção de treinador". Pássaro, inclusive, lembrou um passado recente do próprio Cruz-Maltino para embasar os argumentos:

"Não é a primeira e nem a última vez que a gente convive dentro do departamento de futebol com a pressão e com esse desejo em massa de troca de treinador. Nem sempre isso se mostrou correto. Ou produtivo. Aqui no Vasco, se pegar o passado recente, mesmo sem citar nomes, a gente sabe o que ocorreu. O que acontece não é nada diferente do que ocorreu nos últimos anos. Se pegarmos exemplos, aqueles clubes que conseguiram furar essa onda e passar para o outro lado são os que têm hoje maior estabilidade. Tentamos fazer isso aqui. Ninguém vai arriscar resultado e tabela em troca de um ideal de manutenção de treinador. Aqui, nos preocupamos com a missão de subir na tabela, mas não vamos subir na sexta rodada ou parar de subir na sétima. De nada adianta sermos como o Paraná que, no ano passado, neste momento, tinha 14 pontos e, no final, caiu para a Série C. De nada adianta sermos o Vasco do ano passado. Nesta rodada, despontava como candidato ao título e Libertadores e hoje está na Série B, depois de três trocas de treinador. Aqui a gente avalia o trabalho. A relação do Cabo comigo, com o presidente e com os jogadores é saudável. Não tem jogador aqui que mina o trabalho do treinador. Os jogadores confiam no Marcelo Cabo. Eles buscam em conjunto por soluções".

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