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Sem ida ao Mc Donalds, Tchê Tchê revive emoção de marcar pela 1ª vez

Tchê Tchê comemora gol do Atlético-MG contra a Chapecoense pelo Brasileiro - Fernando Moreno/AGIF
Tchê Tchê comemora gol do Atlético-MG contra a Chapecoense pelo Brasileiro Imagem: Fernando Moreno/AGIF

Guilherme Piu e Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

22/06/2021 11h53

"A primeira vez a gente nunca esquece". Clichê, mas pura verdade. Na noite desta segunda-feira (21), o volante Tchê Tchê abriu o placar no Mineirão, no duelo entre Atlético-MG x Chapecoense, e marcou o primeiro gol com a camisa do time alvinegro, para o qual está emprestado pelo São Paulo até maio do ano que vem. Em entrevista durante o intervalo, o jogador de 28 anos fez questão de exibir a tatuagem que fez em homenagem à esposa Cláudia. Ela, inclusive, também é protagonista nesta história.

Há exatos 3.387 dias, ou nove anos, o volante experimentava sensação parecida ao anotar o primeiro tento como profissional, quando defendia o Osasco Audax-SP, na vitória por 3 a 1 sobre o Santo André, válida pela 15ª rodada do Campeonato Paulista. Naquele momento, já contava com o apoio incondicional da parceira, com quem em 2016 teve o primogênito Rhavier.

"Minha esposa está comigo há dez anos, desde antes de eu ter ido para o profissional do Audax. Lembro que saímos para comemorar quando fiz meu primeiro gol. Fomos no Mc Donalds. Temos muitas histórias. Quando nos conhecemos, ela pagava as coisas para mim. Quando íamos jantar, eu não tinha dinheiro. Quando estava na casa dela, ela que comprava a pizza. Por isso, sempre que estou dentro de campo, penso muito nisso para valorizar o que passamos", contou Tchê Tchê em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, concedida na última sexta-feira (18).

tchê tchê - Reprodução/Première - Reprodução/Première
Volante do Atlético-MG, Tchê Tchê tatuou a esposa Cláudia no braço esquerdo
Imagem: Reprodução/Première

Sobre a desgastante rotina de jogos e viagens, o volante, já experiente, conta que não é fácil para a família, principalmente pela distância. Contudo, acredita que a esposa e o filho já aprenderam a lidar com a situação.

"Meu filho já vai fazer cinco anos e consegue entender. Fica triste às vezes quando saio para treinar, para viajar, ainda mais com este número grande jogos, é mais difícil. Mas eles vão ter que assimilar isso da melhor maneira possível para que quando eu chegue estejam felizes. Não temos para onde fugir. Essa vida de ser jogador é muito difícil, porque passamos muito mais tempo longe do que em família", finalizou.

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