Sem imaginar, atleticano virou 'precursor' do Manto da Massa em 2013
Na tarde de ontem (17), o Atlético-MG lançou oficialmente a nova edição do concurso Manto da Massa, buscando repetir o sucesso da ação criada no ano passado, que teve o torcedor Flávio Markiewicz como ganhador. Para se ter ideia, foram comercializadas cerca de 110 mil camisetas da coleção, o que em breve colocará o clube no Guinness Book com o 'recorde mundial de camisa desenhada por torcedor mais vendida do planeta'. Contudo, o que poucos sabem é que, em 2013, um atleticano foi pego de surpresa ao ver Ronaldinho Gaúcho e companhia desfilando vestimenta com uma arte desenvolvida por ele.
"Eu sempre gostei de desenhar. Na época do ensino médio, ia em todo jogo do Galo, sempre na geral, porque não tinha grana. E nessa onda, fiquei na vontade de fazer uma tatuagem, que não fiz até hoje. Durante uma das aulas na escola, em 2009, eu estava entediado e acabei desenhando um esboço do 'galo tribal'. Curti o desenho, passei para uma folha, cheguei em casa, o refiz em outra folha e digitalizei o desenho acertando as linhas no Photoshop", conta o torcedor ao UOL Esporte.
"Com medo de perder esse arquivo, pesquisei algum site que eu pudesse hospedá-lo. A vida passou, comecei a fazer faculdade de direito e, em 2013, no início do semestre, o Atlético-MG lançou o novo uniforme. Novamente, eu no meio da aula, entediado, acompanhando pelo Twitter o lançamento, vi a camisa de goleiro e de treino com o meu 'galo tribal' estampado", acrescenta.
Ainda de acordo com Eduardo, na hora ele se espantou, mas achou legal a iniciativa do clube em usar o desenho. Porém, assim que saiu da aula, abriu o celular e viu dezenas de mensagens de amigos. No Twitter, as pessoas começaram a marcar a Lupo — fornecedora de uniformes da época — e pedir que os créditos fossem dados ao atleticano.
"Começaram a mencionar a Lupo, pois a galera achou um absurdo o que tinham feito. Nesse meio tempo, eu estava almoçando e recebi uma ligação com DDD 41 [de Curitiba]. Não atendi e passou. De tarde, recebo uma ligação com DDD 11 [São Paulo], quando resolvi atender. Era o pessoal da fornecedora. Quando atendi, me transferiram para o presidente da Lupo na época, que me contou que contratou um designer de Curitiba, que provavelmente era o cara do 041 que estava me ligando, e esse profissional utilizou o desenho", explica Basques.
Em negociação com a empresa, ele fechou um acordo e cedeu os direitos da arte por dois anos. Além de um prêmio em dinheiro, o torcedor ganhou três camisas oficiais do Atlético-MG. Contudo, para ele, o que mais importou foi ver o time campeão da Libertadores utilizando peças que tiveram sua participação.
Doação dos direitos
Por coincidência da vida, em 2015, Basques foi aluno de Lásaro Cândido da Cunha, advogado e ex-presidente do Atlético. Numa conversa informal, contou ao então professor a história e comentou que o tempo de direito de imagem da Lupo estava acabando. A intenção do atleticano era doá-lo em definitivo ao clube. Tempo depois, isso se concretizou.
"O Lásaro e o Sette Câmara me receberam na sede, onde assinamos o termo de doação. Eles me deram uma caixa com vários produtos do Galo e uma camisa personalizada. Fiquei muito feliz também por entrar na sala da presidência, o que poucos torcedores já conseguiram", finalizou.
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