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Oposição contesta Seraphim del Grande em caso de dados vazados no Palmeiras

Sede social do Palmeiras, no bairro da Pompeia, em São Paulo   - Divulgação
Sede social do Palmeiras, no bairro da Pompeia, em São Paulo Imagem: Divulgação

Diego Iwata Lima

De São Paulo

18/06/2021 20h36

Uma das alas de oposição do Palmeiras, a chapa "Academia", contestou as afirmações dadas por Seraphim del Grande, presidente do conselho deliberativo do Palmeiras, à reportagem do UOL, na noite de quinta-feira (17).

Seraphim atribuiu à oposição do clube a responsabilidade pelo vazamento de dados seus. O dirigente teve seu número de telefone e CPF vazados, que também é sua chave Pix, no que um perfil do Twitter afirma ser a transcrição de um diálogo entre ele e a conselheira Leila Pereira, presidente da Crefisa e pré-candidata à presidência do clube.

Ao UOL, Del Grande e Leila Pereira, por meio de sua assessoria, disseram que o diálogo é falso. E Seraphim afirmou que a peça teria sido fabricada pelas mesmas pessoas envolvidas no "caso Blackstar", do final de 2018, às vésperas da eleição.

Caso Blackstar levou a punições

Na ocasião, o empresário Rubnei Quicoli se dizia representante de um fundo interessado em patrocinar o clube, a tal Blackstar. A proposta foi levada ao clube pelo então candidato à presidência Genaro Marino.

Quicoli não conseguiu comprovar a veracidade das informações sobre a empresa que dizia representar. O caso levou à suspensão de um ano como associado de Marino, além de advertências para o ex-presidente Paulo Nobre e os conselheiros José Carlos Tomaselli e Ricardo Galassi, que tinham ligaçãoes prévias com Quicoli. Os punidos pertencem à chapa Academia.

Em comunicado enviado à reportagem, membros da chapa Academia se defenderam das acusações e atacaram Seraphim, o acusando de ter "pouco apreço pela democracia".

Leia abaixo a íntegra do comunicado:

"Na noite de ontem, dia 17 de junho, circularam notícias a respeito de um suposto diálogo travado entre o Presidente do Conselho Deliberativo da SEP, Sr. Seraphim Del Grande, e a Sra. Leila Pereira, Conselheira da SEP, representante da patrocinadora e credora do clube, que teria sido realizado em 2 de junho de 2021 e no qual teriam sido discutidos supostos pagamentos da Sra. Leila ao Sr. Seraphim.

Em declaração dada ao portal UOL, o Sr. Seraphim Del Grande negou a veracidade do diálogo e, de forma leviana, afirmou que a "oposição" seria responsável por divulgar o suposto diálogo, fazendo inclusive menção a membros do grupo Academia.

A Academia lamenta a postura do Sr. Seraphim, claramente não condizente com o cargo que ocupa. Talvez acuado com a divulgação de seus dados pessoais e com a gravidade do suposto diálogo, o Sr. Seraphim acabou por atacar indevidamente e de maneira infundada um grupo político legítimo existente dentro da Sociedade Esportiva Palmeiras, demonstrando, mais uma vez, o pouco apreço pela democracia.

O Sr. Seraphim tem à disposição instrumentos jurídicos para investigar a origem do mencionado vazamento de dados e, mais ainda, plenas condições de comprovar que o mencionado diálogo jamais ocorreu e que não recebeu nenhum depósito em sua conta, medidas que seriam mais salutares do que um gratuito e infundado ataque à "oposição"."