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Ramírez vê "entendimento", mas Inter não faz gol de bola rolando há 5 jogos

Miguel Ángel Ramírez, técnico do Inter, vê queda de rendimento do time na temporada - Ricardo Duarte/Inter
Miguel Ángel Ramírez, técnico do Inter, vê queda de rendimento do time na temporada Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

08/06/2021 04h00

Miguel Ángel Ramírez não vê falha no entendimento do grupo de jogadores do Inter a seu modelo de jogo. Ainda que a direção do clube tenha afirmado que o estilo "parou de evoluir", o treinador espanhol garante que elenco não dá sinais de dúvida. Mas a equipe não faz um gol sequer, sem ser em lances de bola parada, há cinco jogos.

"Temos vencido jogos sendo superiores. Então não há pergunta sobre entendimento. Hoje (domingo) não tivemos um bom início. Sigo um caminho de aprendizagem, temos que assimilar e ser maduros. Eu, como treinador, sou o principal responsável. Peço desculpas como treinador. Mas creio que há entendimento. Não vejo que não estejam entendendo", disse após a derrota acachapante por 5 a 1 para o Fortaleza.

Mas as construções ofensivas que pautam o modelo de jogo proposto pelo espanhol estão cada vez mais raras. A queda de rendimento ocorre desde a conclusão do Campeonato Gaúcho, em que o título ficou com Grêmio.

Tanto que nos últimos cinco jogos, nenhum dos gols marcados veio de lances produzidos sem bola parada.

A última vez que o Inter venceu a defesa rival em uma construção com bola rolando ocorreu em 20 de maio, contra o Olimpia, no Paraguai. O cruzamento de Moisés encontrou Marcos Guilherme, que escorou de cabeça para Yuri Alberto marcar.

Depois disso, o time gaúcho marcou com Rodrigo Dourado no empate em 1 a 1 com o Grêmio, de cabeça após escanteio. Duas vezes no 2 a 2 contra o Sport, uma de pênalti com Edenilson e outra com Rodrigo Lindoso, de cabeça após escanteio. Uma vez na vitória por 1 a 0 sobre o Vitória, pela Copa do Brasil, com Thiago Galhardo, de pênalti. E mais uma vez contra o Fortaleza, com Praxedes, de cabeça após cobrança de falta, na derrota por 5 a 1.

"Eu converso muito com os jogadores, é uma ajuda mútua, uma relação justa e estreita. Eu ajudo a eles, eles ajudam a mim. Às vezes percebem coisas que eu não vejo, e o contrário também. Acho que, juntos, poderemos construir algo positivo sempre", explicou o treinador.

"Não é que os jogadores não entendem. Não vejo que falte entendimento", completou.

O Inter encara o Vitória, quinta-feira, pela Copa do Brasil. Ainda que tenha vencido o jogo de ida por 1 a 0, o ambiente é de pressão no Beira-Rio. Um rendimento aquém do esperado pode simbolizar a demissão da comissão técnica.

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