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Deputado estadual entra na Justiça para tirar Copa América do Rio

Maracanã antes da estreia do Flamengo no Campeonato Carioca 2021 - Thiago Ribeiro/AGIF
Maracanã antes da estreia do Flamengo no Campeonato Carioca 2021 Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Alexandre Araújo e Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/06/2021 19h18

Impedir a realização de jogos da Copa América no estado do Rio de Janeiro é alvo de uma ação impetrada na Justiça hoje (7), pelo deputado estadual Flávio Serafini (PSOL).

O início do torneio de seleções será no domingo. A primeira partida no Rio é o duelo entre Argentina e Chile, no Estádio Nilton Santos. Ao todo, a tabela da competição prevê oito jogos no Rio, inclusive a final, em 10 de julho, no Maracanã.

O mandado de segurança pede uma liminar para suspender imediatamente os jogos em solo carioca. A ação cita ainda o governador Cláudio Castro e o prefeito Eduardo Paes.

"Não estava previsto que a Copa América acontecesse no estado do Rio. Não dá tempo sequer de preparar protocolos de forma organizada. Nosso estado é um dos que tem maior média de mortes por milhão de habitantes. Trazer atletas e profissionais que atuam em diversas partes do mundo aumenta o risco de virem novas cepas para cá, em um momento em que a pandemia segue sob descontrole. A cidade do Rio, a Baixada e outros municípios seguem em bandeira vermelha. Uma nova cepa é o que a gente não precisa, pois pode significar novas mortes", argumentou Serafini.

O deputado estadual pede à Justiça que o Ministério Público Estadual seja intimado para opinar a respeito do tema.

Na petição inicial, o deputado argumenta que o anúncio da realização da Copa América "foi recebido com enorme preocupação pela população, inclusive pelos próprios jogadores escalados para disputar o campeonato".

Além do Rio, outras capitais que receberão partidas são Brasília, Goiânia e Cuiabá. O Brasil abrigou a competição ao atender um pedido da Conmebol, que se viu sem alternativas após a indisponibilidade de Colômbia e Argentina. No caso dos argentinos, em razão de uma posição do governo frente à pandemia.